Assinala-se hoje, 20 de junho, o Dia Mundial do Refugiado.
A ONU instituiu o Dia Mundial do Refugiado em 2000 e a data destina-se a prestar homenagem à resistência e à força de todos aqueles que foram obrigados a fugir de suas casas por motivos de perseguição, devido a calamidades ou a situações de guerra.
O tema escolhido para assinalar a data este ano foi: “Seja quem for, seja quando for, seja onde for: todas as pessoas têm direito a buscar proteção”.
De acordo com o Relatório Estatístico do Asilo 2022, do Observatório das Migrações, hoje divulgado, desde o início do conflito na Ucrânia – em fevereiro de 2022 – Portugal já acolheu mais de 42.000 pessoas deslocadas. Em 2021, em apenas quatro meses, o nosso país acolheu quase 800 cidadãos afegãos.
Desde finais de 2015 que mais de 46.000 pessoas foram acolhidas em Portugal.
“(…) reconhecer e sublinhar o contributo inestimável que a sociedade portuguesa tem prestado ao acolhimento da população refugiada no nosso país, envolvendo os serviços da administração pública central, os municípios e as entidades da sociedade civil, mas também a própria comunidade de acolhimento, aqui a incluída a enorme generosidade dos portugueses e das comunidades estrangeiras que aqui residem, estudam e trabalham. É esta diversidade que compõe a nossa identidade, e é dela que gostaria de expressar o meu mais genuíno orgulho.” Ana Catarina Mendes, Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares
Segundo dados da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), em 2021 havia 89,3 milhões de pessoas deslocadas em todo o mundo, entre as quais 27,1 milhões eram refugiados.
Este ano, com a invasão da Rússia à Ucrânia, a Ucrânia junta-se ao Médio Oriente, Sudeste Asiático, África Oriental e Corno de África nas regiões do mundo com mais refugiados.
Atualmente existem mais de 100 milhões de refugiados por todo o mundo.
A este propósito, o Presidente da República afirmou que “o último ano tornou ainda mais evidente a realidade de milhões de pessoas em todo o mundo: a realidade dos refugiados (…)”. Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou ainda que “Portugal e os portugueses têm reafirmado, demonstrando no dia-a-dia, a vocação de abertura, inclusão e tolerância que nos caracteriza. Nesta data quero agradecer o esforço individual e coletivo que, enquanto Povo, temos demonstrado no acolhimento de todos os que, junto do nosso país, têm procurado proteção, assinalando a importância e o dever de manter essa mobilização.”