Ontem à noite, a Ministra da Saúde em declarações à RTP tinha já afirmado que “o encerramento imediato das escolas está em cima da mesa “porque neste momento sinto que estamos muito próximo do limite e há situações em que estamos no limite”, entretanto o governo, reunido desde as 9:30 da manhã de hoje, decidiu o encerramento das creches, centros de formação profissional, escolas e universidades.
No final do conselho de ministros, que acaba de ocorrer, o primeiro-ministro anunciou ao país o encerramento temporário de todos os graus de ensino durante os próximos 15 dias, interrupção que será posteriormente compensada no calendário escolar. Por outro lado, as lojas do cidadão funcionarão só por marcação e nos tribunais ficam suspensos os prazos para processos não urgentes.
Como já ocorreu no passado, haverá escolas de acolhimento para crianças com idade inferior a 12 anos cujos pais trabalhem em serviços essenciais, também serão asseguradas as refeições a crianças que beneficiam de ação social escolar.
Reforça-se a obrigatoriedade do confinamento e o recurso ao teletrabalho, quando possível.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da república, afirmou, entretanto, que esta decisão “vai ser demolidora para o ano letivo”, uma vez que “manter os meninos em casa é manter os pais em casa”, embora mostrando-se solidário com o governo relativamente ao encerramento das escolas.
Também a conferência episcopal da igreja católica decidiu suspender todas as missas a partir de sábado, bem como as catequeses e outras atividades religiosas que impliquem contacto entre pessoas.
Verifica-se hoje um novo máximo diário de mortes (221); de casos (13 554) e de internados (5 630), sendo (702) em UCI. Portugal nunca teve um número tão elevado de casos ativos: 151 226.