RCM | Direito de Resposta
A propósito de um artigo publicado no Jornal de Mafra a 20 de setembro de 2019, referente à apresentação de uma proposta do partido socialista, na última reunião do executivo da Câmara Municipal de Mafra, recebemos de Jorge Ferreira, Diretor Geral da R.C.M, um pedido de direito de resposta, que publicamos com base na lei de imprensa.
Direito de Resposta
1 – A RCM não pode infelizmente deixar passar em claro a forma incorrecta como a concelhia do PS de Mafra envolveu a rádio do concelho num ataque sem fundamento, e cujo esclarecimento seria muito fácil de fazer se os senhores se tivessem em primeiro lugar dirigido a nós, como seria da mais elementar ética.
2 – Ao contrário do que é referido pelos vereadores do Partido Socialista – Concelhia de Mafra, no vídeo tornado público em 22 de Setembro pelo site NotíciasLX, a RCM não esteve presente no evento XXXI FEXPOMALVEIRA 2019.
3 – O Programa “Som do Livro”, da responsabilidade da Rádio Transmundial de Portugal e não da IURD, é emitido a partir das 19h00 e não antes disso; a responsabilidade da
colocação da emissão da RCM no local coube directamente à empresa contratada para gerir o som da FEXPOMALVEIRA.
4 – A RCM esteve apenas presente no local apenas em serviço de reportagem e directos com os expositores.
5 – Não só a RCM não tem qualquer programa ou protocolo relacionado com a IURD, como nunca deu nenhuma razão a qualquer força política para colocar em causa a nossa neutralidade e isenção relativamente aos partidos representados na Assembleia Municipal. Já é triste que as rádios locais em Portugal lutem contra todo o tipo de dificuldades económicas e pressão de mercado, sem que precisem de ser atacadas precisamente por quem mais as devia apoiar.
Nós temos de facto uma emissão em parceria com a Rádio Transmundial, uma organização de carácter missionário, sem qualquer ligação com a IURD. A Transmundial, de resto, também emite um programa no canal dois da RTP, A Fé dos Homens, sem que saibamos de nenhum protesto por parte do PS. Esta nossa parceria deve-se à imperiosa necessidade de assegurar receitas essenciais à nossa sobrevivência, porque este governo e os anteriores não têm feito nada para corrigir a disparidade entre os meios de comunicação nacionais e as desprezadas rádios locais; por exemplo, há mais de dez anos que a RCM não recebe um cêntimo que seja de publicidade institucional, que apenas é distribuída aos meios nacionais; não nos são atribuídos tempos de antena, com a excepção das autárquicas, tendo sido ignorados nas últimas europeias e nas próximas legislativas; o melhor e mais actual exemplo desta situação é a ofensiva que tem sido levada contra nós pela organização Pass Música, que com a cobertura do governo e da Assembleia da República se prepara para nos extorquir verbas que não possuímos, numa gritante injustiça, onde estamos a ser taxados por passar a música mas a não sermos nada beneficiados por a estarmos a divulgar e promover. Em todas estas situações nunca ouvimos a concelhia do PS Mafra pronunciar uma palavra que fosse; dir-se-ia que para vós as rádios locais nem existem…subitamente passamos a ter existência, mas apenas para servir de arma de arremesso na luta política. Lamentamos esta atitude, que poderia facilmente ter sido evitada se tivessem tido a simples educação de falar connosco primeiro, mas estaremos sempre disponíveis no futuro para qualquer esclarecimento que entendam necessário na nossa parte.’
A Direcção da R.C.M – Rádio do Concelho de Mafra