Como tínhamos noticiado, nas instalações da Tratolixo na Abrunheira, Mafra, o Contacto com trabalhadores externos infetados obriga a nova testagem geral. Os novos testes foram realizados na terça feira, 27 de outubro e segundo fonte próxima dos trabalhadores da Tratolixo, haverá 4 ou 5 casos de covid-19 naquelas instalações.
Ainda segundo aquela fonte, “estes [novos casos] tiveram de alguma forma em contacto com os trabalhadores externos infectados durante a semana passada, e por indicação da TRATOLIXO, mantiveram até hoje ao serviço, como se nunca tivessem estado em contacto com os trabalhadores externos infectados“. Esta fonte refere ainda algum alheamento da administração em relação aos trabalhadores da empresa, “a administração da TRATOLIXO não aparece para falar aos trabalhadores há vários meses. retratando-se só em alguns comunicados que dizem na maioria a mesma coisa”, referindo ainda que “atualmente a TRATOLIXO já deve ter superado os 40 casos positivos de Covid-19“. No que diz respeito às normas de distanciamento, de higienização e de desinfeção esta fonte reconhece que “está tudo correto”, embora afirme que “em relação ao desfasamento entre turnos, ainda falta fazer em alguns sectores. Existe ainda sobreposição de horário entre turnos, fazendo uma concentração entre trabalhadores“.
Contactada a administração da Tratolixo, esta começa por referir, ter decidido “realizar novos testes por PCR a todos os colaboradores do Ecoparque de Trajouce, que tinham testado negativo“. Estes testes, realizados a 21 de outubro, mostraram a existência de 2 casos positivos, “que pertencem a 1 trabalhador da TRATOLIXO e a 1 colaborador externo. Os 2 casos, assim que foram conhecidos, entraram de imediato em quarentena“.
Prossegue a nota de esclarecimentos da Tratolixo, referindo-se à situação nas suas instalações da Abrunheira, Mafra, “até sexta-feira, dia 23 de Outubro, no Ecoparque da Abrunheira, não foi manifestada a necessidade de testar novamente todos os trabalhadores, mas somente testar o sector onde labora o único caso com resultado positivo, naquele Ecoparque […]”.
Ainda segundo esta nota da Tratolixo, a 25 de outubro, foi comunicada à administração, “que 2 colaboradores de um fornecedor da TRATOLIXO que opera no Ecoparque da Abrunheira tinham testado positivo para a COVID-19“. No seguimento desta informação, as instalações foram imediatamente desinfetadas e no dia 27 de outubro realizaram-se testes por PCR (zaragatoa nasofaríngea) a todos os trabalhadores da Tratolixo a laborar na Abrunheira – Mafra, referindo-se depois, que “no total, neste ecoparque, são conhecidos 5 casos positivos”.
Relativamente aos procedimentos adotados relativamente aos trabalhadores infetados, a nota de esclarecimento da Tratolixo refere, por fim, que “Todos os trabalhadores que testaram positivo e que após o términus da quarentena, a Saúde 24 lhes permita o regresso, só ingressarão no seu posto de trabalho, depois de realizarem novo teste PCR, com resultado negativo” e que ” até que se verifique o resultado negativo, permanecerão em casa e dispensados do trabalho, com garantia de pagamento integral de vencimento e demais regalias”.
A Tratolixo reafirma ainda, ter posto à disposição dos trabalhadores, todos os meios de proteção, e que agora “o uso de máscara na TRATOLIXO é obrigatório em todos os ambientes, quer se trate de espaço aberto ou fechado“.
Ficaram por responder algumas questões colocadas pelo Jornal de Mafra, nomeadamente, quantos casos de infeção foram até agora detetados nas instalações da Tratolixo de Trajouce e da Abrunheira e ficou por conhecer o papel que a silenciosa autoridade de saúde de Mafra teve ou não teve neste caso.