Esta tarde, no final do Conselho de Ministros, o Primeiro-ministro referiu que o confinamento está a resultar, embora a situação se mantenha extremamente grave, com 219 concelhos a registarem, entre 20/01/2021 a 02/02/2021, uma incidência cumulativa superior a 960 novos casos notificados por 100.000 habitantes.
Assim, manter-se-á o atual nível de confinamento “seguramente para os próximos 15 dias e que devemos assumi-lo realisticamente que o teremos que manter ainda durante o mês de março” afirmou António Costa. O Primeiro-ministro deixou também um “merecido agradecimento aos portugueses pelo sentido cívico com que o têm vindo a cumprir” pelo cumprimento do confinamento que, disse, está a produzir efeitos.
Sobre o carnaval e a Páscoa, António Costa referiu “não haverá seguramente festejos de Carnaval e a Páscoa também não será como a conhecemos”, tendo alertado para dois fatores de risco, Portugal irá receber menos vacinas do que estava previsto para o primeiro trimestre deste ano e, por outro lado, as novas variantes do vírus, algumas delas mais contagiantes. As novas variantes: Britânica, do Brasil e da África do Sul são uma nova ameaça, afirmou. “Algumas felizmente ainda não detetadas em Portugal, algumas detetadas em Portugal em número absolutamente confinado, mas outras, porém, como a chamada variante britânica, têm tido uma larga prevalência no número de novos casos no nosso país”. De acordo com o primeiro-ministro a variante britânica tem agora uma prevalência de 43% no número de novos casos de covid-19 registados em Portugal.
O facto de o número de vacinas disponíveis ser inferior àquele que estava inicialmente previsto para este trimestre. Das 4,4 milhões de vacinas inicialmente previstas para entregar no 1.º trimestre, prevê-se agora a entrega de apenas 1,98 milhões, reduzindo a capacidade de vacinação de Portugal para cerca de metade.
A partir das 00h00 do dia 15 de fevereiro o país entra num novo estado de emergência que se prolonga até às 23h59 do dia 1 de março.
Em relação às medidas que vão vigorar durante os próximos 15 dias, o primeiro-ministro afirmou que “a regra é manter tudo como está“. A exceção passa pela autorização de venda “de livros e materiais escolares, que devem continuar disponíveis para estudantes e cidadãos em geral”, tal como se encontra decretado pelo Presidente da República.