Covid-19 | Novo confinamento deverá durar um mês e as escolas devem ficar abertas

António Costa, no final da reunião de hoje com os especialistas, referiu que perante “aquilo que são os números verificados e a tendência que é manifesta de crescimento da pandemia é essencial adotarmos medidas, que essas medidas tenham o horizonte de um mês e que tenham um perfil muito semelhante àquele que adotámos logo no início da pandemia, no período de março e abril”.

Os números tem tido uma grande variação ao longo desta semana “estamos com uma fortíssima dinâmica de crescimento que é necessário travar” e a única maneira de a travar passará pelo confinamento.

Não sendo suficientes as medidas de confinamento que têm vindo a ser adotadas ao fim de semana “temos de ir mais além neste momento”.

De acordo com o primeiro ministro, o grande ponto de divergência entre os especialistas e que exigirá “a devida ponderação” por parte do Presidente da República, da Assembleia da República e do governo é a questão das escolas. Os especialistas convergiram em que no caso das crianças até aos 12 anos “nada justifica o encerramento das escolas” já que “naquela faixa intermédia”, as divergências entre os especialistas foram “muito grandes”.

A decisão sobre esta matéria requer ainda o diálogo com a Cofederação Nacional das Associações de Pais e a Associação dos Diretores Escolares, mas para o governo está fora de questão “interromper as atividades de avaliação que estão em curso no ensino superior”.

Os especialistas estão divididos, não por a escola ser em si um foco de contaminação, mas pelo fato de ser mais um fator de movimentação das pessoas e de essa movimentação resultar um maior risco de transmissão.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “para além do alarmante aumento dos números de infetados, internados e falecidos, temos também uma situação de agravamento de outras patologias típicas do período de inverno, em particular com a onda de frio que temos sofrido.”

O Presidente da República ouviu hoje todas as forças políticas e enviou já para a Assembleia da República o decreto lei que renova até 30 de janeiro, o estado de emergência e que permitirá ao governo adotar as medidas necessárias à contenção da propagação da Covid-19.

O decreto deve ser aprovado durante a manhã desta 4ª feira, reunindo o governo em concelho de ministros durante a tarde para definir as medidas a ser implementadas.

 

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