De acordo com o mais recente relatório da monitorização das linhas vermelhas para a covid-19, o número de novos casos de infeção por covid-19 (por 100 000 habitantes) continua a mostrar uma “tendência decrescente” em todas as regiões. Apenas no Algarve se observa uma incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por
100 000 habitantes (719).
Atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade, com tendência decrescente.
Pressão sobre os cuidados de saúde com tendência decrescente. Mortalidade por COVID-19 manter-se-á provavelmente elevada, mas o ritmo de crescimento está a abrandar.
Variante Delta (B.1.617.2) com frequência relativa de 98,9% dos casos
A 11 de agosto de 2021, a incidência cumulativa a 14 dias foi de 317 casos por 100 000 habitantes em Portugal.
O grupo etário com incidência mais elevada ocorreu no grupo etário dos 20 aos 29 anos ( 711 casos por 100 000 habitantes) e a mais baixa no grupo etário com 80 anos ou mais (156 casos por 100 000 habitantes).
No período de 4 a 8 de agosto, o Rt foi de 0,95 a nível nacional e com uma tendência aproximadamente constante da incidência de infeção. A região de saúde, em Portugal Continental, com o valor mais elevado foi a região região Alentejo (1,01).
A 11 de agosto de 2021, o número de camas ocupadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) com casos de covid-19 nos hospitais em Portugal era de 169 doentes (corresponde a 66% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas) o que representa uma tendência decrescente em relação à semana anterior (-16%).
A região com mais doentes internados em UCI é a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 84 doentes, o que corresponde a 82% do limite regional de 103 camas em UCI definido no relatório “Linhas vermelhas”.
O grupo etário com maior número de internados em UCI é o grupo dos 60 aos 79 anos (88 casos neste grupo etário a 11/08/2021). Registando-se uma tendência estável ou decrescente do número de internados em UCI em todos os grupos etários.
A mortalidade por covid-19 registou, a 11 de agosto de 2021, um valor de 18,6 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes, o que corresponde a um aumento de 13% relativamente à semana anterior. O valor é ainda superior ao limiar de 10,0 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo
de Doenças (ECDC).
A mortalidade apresenta uma tendência crescente, que se poderá manter nos próximos dias, dado o aumento do número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 observado no grupo etário acima dos 80 anos.
Segundo o relatório, entre 05 e 11 de agosto de 2021, 94% dos casos notificados foram isolados em menos de 24 horas após a notificação. 78% dos seus contactos foram rastreados e isolados no mesmo período.
É expetável que ocorram mutações nos vírus ao longo do tempo, o aumento da circulação do vírus na comunidade e o número de indivíduos parcialmente imunizados promove o aumento da frequência de novas variantes.
Até 28 de julho de 2021, foi realizada a sequenciação genómica em cerca de 13 807 amostras.
A frequência relativa das Variantes de Preocupação (VOC – Variant of Concern) em Portugal entre 26 de julho a 1 de agosto era a seguinte:
