É expetável que ocorram mutações nos vírus ao longo do tempo, o aumento da circulação do vírus na comunidade e o número de indivíduos parcialmente imunizados promove o aumento da frequência de novas variantes.
São 4 as variantes que circulam em Portugal, a do Reino Unido, a associada à África do Sul, a associada ao Brasil e a associada à Índia, estando na sua maioria classificadas como “Variante de Preocupação”.
- Variante do Reino Unido (B.1.1.7)
É a variante mais prevalente em muitos países da União Europeia, entre eles Portugal.
Entre 3 a 11 de maio, a prevalência estimada desta variante em Portugal foi de 87,7%.
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……………………….. - Variante da África do Sul (B.1.351)
– Número de casos até 2 de junho de 2021: 104 casos confirmados laboratorialmente
– A maioria era do sexo masculino (54,8%)
– Idade mediana à data do diagnóstico: 43 anos
– Região de residência mais frequente: região de LVT (59,6%) e do Norte (26,0%). Foram já identificados casos em 13 distritos e 42 concelhos.
– Casos foram importados: 15,4% dos casos foram importados
– Nacionalidades mais frequentemente identificadas foram: portuguesa (77,9%), 3,8% bangladeshiana, 5,8% angolana e 1,9% sul-africana.
– Em muitos dos casos confirmados com esta variante não foi possível identificar uma ligação epidemiológica, o que suporta a transmissão comunitária da mesma.
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……………………….. - Variante de Manaus, Brasil (P.1)
– Número de casos até 2 de junho de 2021: 139 casos confirmados laboratorialmente
– A maioria eram do sexo feminino (54,7%)
– Idade mediana à data do diagnóstico: 38 anos
– Região de residência mais frequente: região de LVT (48,2%) e do Norte (27,3%).Foram já identificados casos em 16 distritos e 48 concelhos.
– Casos foram importados: 22,3% dos casos foram considerados casos importados
– Nacionalidades mais frequentemente identificadas foram: portuguesa (73,5%), seguida da brasileira (19,7%).
– Em muitos dos casos confirmados com esta variante não foi possível identificar uma ligação epidemiológica, o que suporta a transmissão comunitária da mesma.
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……………………….. - Variante da Índia (B.1.617)
Até à data foram identificadas três linhagens distintas desta variante: B.1.617.1, B.1.617.2 e B.1.617.3.
– Número de casos até 2 de junho de 2021: 83 casos confirmados laboratorialmente da variante B.1.617, sendo 9 casos da linhagem B.1.617.1 e 74 casos da linhagem B.1.617.2.
– A maioria era do sexo masculino (74,7%)
– Idade mediana à data do diagnóstico: 35 anos
– Região de residência mais frequente: região de LVT (63,0%).
– Nacionalidades mais frequentemente identificadas foram: portuguesa (47,0%), nepalesa (27,7%) e indiana (12,0%)
– A ausência de história de viagem ou contacto com casos confirmados com esta variante para 33,7% dos casos pode indicar a circulação da variante na comunidade.
A vigilância das novas variantes de SARS-CoV-2 é feita com base na sequenciação do genoma do vírus SARS-CoV-2. A análise genómica do SARS-CoV-2 é realizada pelo INSA, após os procedimentos laboratoriais de sequenciação, os quais são realizados por um consórcio coordenado pelo INSA (Instituto Nacional de Saúde Pública), que inclui o Instituto Gulbenkian de Ciência, e as Universidades de Lisboa, Aveiro e Porto.