A agência europeia do medicamento (AEM) prevê vir a licenciar as vacinas para a covid-19, entre finais de dezembro e princípios de janeiro, e Portugal fez a encomenda máxima por cada lote a que tinha direito, tendo assegurado a possibilidade de adquire a totalidade de todos os lotes que podem ser adquiridos.
Depois da aprovação da vacina pela AEM, esta entidade receberá as vacinas e posteriormente irá distribui-las a todos os estados membros, não existindo ainda qualquer data definida para essa distribuição.
Segundo o primeiro ministro “as vinte e tal milhões de doses que adquirimos não chegam todas no mesmo dia”, as vacinas “ vão chegando por lotes sucessivos” ao longo do ano de 2021 e são “vacinas de diferente tipologia (…) algumas vacinas serão mais ajustadas à população mais idosa e outras a crianças, há outras que serão indiferentes”.
O primeiro ministro referiu ainda que a vacinação tem de ser uma “ação programada, coordenada e sincronizada” entre os diferentes estados membro, de modo a que “pelo menos à escala da União Europeia” a pandemia possa ser erradicada., acrescentando que, “se só estivemos nós vacinados, os espanhóis não tiverem e os franceses não tiverem a vacina, a pandemia não desaparece”.
Para Antonio Costa, o plano de vacinação não está atrasado, uma vez que o fundamental é que “no dia em que a vacina esteja disponível tudo esteja montado para que a vacina seja atribuída”.
O plano de vacinação contra a covid-19 e toda sua a estratégia serão apresentados na próxima 5ª feira revelando-se então, quais são os critérios de distribuição pelas diferentes faixas etárias, “é politicamente inaceitável” a ideia que anda a ser passada de que “vamos prescindir duma parte da população, os mais de 75 anos deixaram de ser prioritários” uma vez que tem de ser assegurada a “proteção possível a todos independentemente da idade que tem”, acrescentou o primeiro ministro.
Na próxima 5ª feira à tarde, todos ficaremos a saber qual é a estratégia de Portugal na vacinação contra a covid-19.