Covid-19 | 30% dos doentes testados em Lisboa e Vale do Tejo eram assintomáticos

Hoje, a conferência de imprensa diária sobre a situação da pandemia de covid-19 realizou-se sem o boletim atualizado, tendo isto ficado a dever-se a uma falha no sistema de informações.

Nos últimos dias temos a incidência da doença ainda “não está no sítio onde gostaríamos que estivesse”, nomeadamente, em alguns concelhos da aérea metropolita de Lisboa, “concretamente em Lisboa, Loures, Amadora, Odivelas e Sintra, que são os concelhos que mais nos preocupam e que tem merecido a nossa atenção”. Marta Temido referiu ainda que, com a informação disponível à data de 5/06/2020, nestes concelhos, a incidência cumulativa, por 100 mil habitantes era a seguinte:

  • 555 Lisboa
  • 545 Loures
  • 504 Amadora
  • 402 Odivelas
  • 391 Sintra

Estes são os casos novos reportados nos últimos 14 dias e “serão casos que se mantém ativos”, disse.

De acordo com os últimos dados disponíveis – que não refletem os resultados das últimas 24h – até ao final de 5ª feira tinham sido realizados mais de 14 mil testes de rastreio (número global que inclui segundos testes à mesma pessoa) dos quais 4,6% testaram positivo.

Tendo em conta a bateria de testes que tem vindo a ser desenvolvida nesta área ao longo dos últimos dias, a ministra acrescentou  que “é muito provável que o número de casos em Lisboa e Vale do Tejo venha a crescer nos próximos dias”. A realização destes testes na região de Lisboa e Vale do Tejo permitiu identificar mais casos, entre os quais 30% de doentes assintomáticos e de mais de 50% de doentes jovens, com idades entre os 20 e os 49 anos.

Estas situações sugerem a aplicação de medidas de “saúde publica de precisão” pelo que “medidas mais restritivas não estão em cima da mesa” uma vez que “estes focos, estes surtos não estarão sequer relacionados com o desconfinamento. Estarão provavelmente relacionados com atividades que sempre se realizaram, com pessoas que sempre estiveram a trabalhar”.

O elevado número de casos positivos nestas zonas levou a que o governo suspendesse as atividades não urgentes nos hospitais de Lisboa, Amadora, Sintra, Loures e Odivelas, mas a Ministra espera que “nas próximas semanas, seja possível regressar àquilo que é o patamar com que estamos na resposta em todos os hospitais do país e retomar a recalendarização da atividade programada“.

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