O Jornal Médico divulgou dados do Movimento Saúde em Dia (movimento coordenado pela Ordem dos Médicos e pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares), segundo o qual, os centros de saúde efetuaram em 2020 menos 11,4 milhões de consultas presenciais (-38%), tendo duplicado os contactos à distância, de 2019 para 2020, passando de 9,1 milhões para 18,5 milhões.
Ainda segundo aquela fonte, ter-se-á verificado uma redução de 3,6 milhões de contactos presenciais de enfermagem nos centros de saúde
“Nós temos de constituir um Plano Marshall para recuperar esta situação na saúde porque senão as coisas não só se vão agravar como muitos doentes nem sequer vão ser tratados, perdem-se” [Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos]
Relativamente aos cuidados hospitalares, a consultora MOAI revela que, a partir dos números oficiais do Portal da Transparência do SNS, aqueles cuidados apresentam uma redução de 3,4 milhões de contactos em 2020, distribuídos entre consultas, cirurgias e urgências hospitalares.
Em termos de urgência hospitalar verificou-se também uma redução de 31% no número de episódios de urgência, de 11% nas consultas externas e de 18% nas cirurgias.
Mais de 169 mil mulheres não realizaram os rastreios ao cancro da mama, mais 140 mil não efetuaram o rastreio ao cancro do colo do útero e mais 125 mil pessoas não efetuaram ao cancro do cólon e do reto.
