Caos no Hospital Beatriz Ângelo na manhã de ontem | IL de Mafra apela ao regresso das PPP na saúde

 

O Hospital Beatriz Ângelo (HBA) é, a par do Hospital de Tores Vedras o Hospital que serve a população do concelho de Mafra.

Na manhã de ontem, 11 de fevereiro, NO Beatriz Ângelo chegaram a estar 216 doentes no Serviço de Urgências Geral, 80 dos quais internados em observação. Ao final da manhã, o tempo de espera era de quase oito horas e sem possibilidade de internamento no serviço.

A situação levou à falta de macas disponíveis e à formação de UMA fila de ambulâncias dos bombeiros à porta do Hospital.

Na 6.ª feira o diretor clínico do Hospital, através de email, solicitou aos médicos para que face à “situação vivida no HBA” e face ao “elevado número de doentes que aí permanecem” e por forma a “obter a mitigação da situação”, um “esforço possível a todos os colegas”. O email solicitava ainda a “agilização de altas de internamento” para que deste modo pudessem ser aí admitidos novos doentes.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) referem que “o caos é diário no serviço de urgência deste hospital”, acrescentando que os serviços de medicina do Hospital Beatriz Ângelo “têm cerca de metade dos médicos que eram necessários, já que nos últimos meses saíram cerca de 27 médicos internistas do hospital”.

No entanto, o HBA não foi o único com problemas nas urgências na manhã de ontem, segundo o SIM existiram “mais de cinco horas de espera para doentes muito urgentes (laranja) no Hospital de Portimão, mais de 50 doentes no serviço observação do Hospital do Espírito Santo de Évora, 120 no Hospital Beatriz Ângelo – Loures, 110 no Hospital Fernando Fonseca – Amadora-Sintra, 85 no Hospital de Penafiel e mais de 50 no Hospital de Braga”.

Ontem mesmo, em comunicado, o partido Iniciativa Liberal (IL), através do seu Núcleo Territorial de Mafra, emitia uma nota “Hospital Beatriz Ângelo, que futuro? O utente será o mais importa?“, onde dava conta da sobrelotação a que o HBA está sujeito, afirmando que o hospital “serviu de arma de arremesso ideológica contra os privados, num governo cego e apático no que deve ser o seu foco na saúde pública, o utente“.

Na mesma nota, o IL Mafra afirma que depois da integração do hospital no SNS, “houve uma redução de 55 mil consultas, fez menos 5 mil cirurgias e assistiu menos 50 mil urgências, tendo custado mais 27 milhões de euros“.

A 10 de fevereiro, o presidente da IL, Rui Rocha, reuniu com a administração do Hospital Beatriz Ângelo “desafiando o governo a retomar as parcerias público-privadas (PPP) na saúde, com provas de modelo funcional e que servia os cidadãos“.

 

 

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