Aviso à População| Condições Meteorológicas Adversas

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Segundo o IPMA:
” A incerteza em relação à trajetória do LESLIE continua elevada, sendo apenas possível determinar a trajetória com maior confiança num prazo de 24 horas. As previsões para mais de 24 horas continuam a indicar trajetórias distintas.
As últimas previsões apontam para um desvio da trajetória do furacão LESLIE para norte da Madeira, podendo ainda atingir Portugal continental.
(…) no Continente o período mais crítico para o vento seja entre a 1 a 7h locais de domingo, para a agitação marítima entre as 4 a 13h locais de domingo e para a precipitação entre a 1 a 16h locais de domingo”.

 

A Autoridade Nacional de Protecção Civil emitiu, hoje às 20h00, o seguinte comunicado:

  1. SITUAÇÃO

A situação meteorológica que irá condicionar o território continental português é ainda muito incerta, nomeadamente quanto à trajetória da depressão Leslie e aos efeitos que a mesma produzirá em relação a vento, precipitação e agitação marítima. Espera-se que as condições dos estados do tempo e do mar se agravem a partir das 19:00 horas de sábado, 13-10-2018, atingindo-se o pico mais crítico entre as 00:00 horas e as 06:00 horas de domingo, para o vento, as 01:00 horas e as 16:00 horas de domingo para a precipitação, as 03:00 horas e as 12:00 horas de domingo, para a agitação marítima. O território continental português será afetado muito provavelmente em toda a sua extensão geográfica, não sendo possível ainda indicar com precisão as áreas de maior impacto dos fenómenos meteorológicos.

É essencial recomendar especial cuidado com o vento, por precaução, na medida em que, podendo soprar forte nalgumas regiões, pode contribuir sobremaneira para a evolução rápida dos incêndios rurais que venham a verificar-se.

 

  1. EFEITOS EXPECTÁVEIS

Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
 Danos em estruturas montadas ou suspensas;
 Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
 Possíveis acidentes na orla costeira;
 Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
 Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
 Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
 Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
 Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
 Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.

 

  1. MEDIDAS PREVENTIVAS

A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:

 Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
 Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
 Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
 Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
 Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
 Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
 Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
 Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

 

 

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