Autárquicas 2021 | Torres Vedras – Entrevista com Sérgio Galvão [Unidos por Torres Vedras]

 

Jornal de Mafra – Porque é que abandonou as suas funções na câmara em 2016 após a saída do presidente Carlos Miguel?
Sérgio Galvão –
Fui convidado para fazer parte de uma equipa liderada pelo Dr. Carlos Miguel e quando ele sai, a liderança da câmara passa para outra pessoa, e eu não me revia nessa liderança. Essa foi a razão, não me identificar com uma série de políticas seguidas pelo anterior líder da autarquia, que já não está entre nós. Não era nada de pessoal, mas sim, algo que se relacionava com a forma de trabalhar.

É muito importante saber entrar na política, mas mais importante é saber sair.

Jornal de Mafra – E que políticas eram essas, com as quais não se identificava?
Sérgio Galvão – Estamos a falar de políticas de orientação e de futuro da câmara municipal e de procedimentos, da forma como as coisas corriam.

Quando o nosso partido é Torres Vedras torna-se tudo mais fácil

Jornal de Mafra – Pode aprofundar um pouco mais? A que orientações se refere no concreto?
Sérgio Galvão – Há uma série de decisões que eram anteriormente tomadas num coletivo mais geral e que deixaram de o ser. Passaram a ser decisões mais pessoais, e eu prefiro trabalhar de outra forma. Prefiro trabalhar de uma forma mais coletiva. E quanto a isto prefiria ficar-me por aqui.

Jornal de Mafra – Afirma-se um “homem de causas e de projetos difíceis”, quais são as suas causas? Quais foram os projetos mais difíceis em que se empenhou?
Sérgio Galvão – 
Entrei muito novo na política, convidado pelo Dr. Carlos Miguel, logo aí foi uma mudança de vida radical. Era um técnico da autarquia, mas não imaginava ter de abraçar a área das finanças, uma área importantíssima, e foi uma área que abracei, tendo então passado por momentos muito difíceis.

Quando surgiu a crise de 2009/2010 tínhamos projetos em execução na autarquia e deparámo-nos com uma quebra abrupta de receitas e esta situação tornou-se muito difícil de gerir. O projeto de recuperação da autarquia foi muito difícil, criando-me alguns engulhos, nomeadamente, com o meu colega das obras municipais.

Num momento em que a autarquia já levava dois anos de resultados negativos, algo que era impensável, tive uma conversa com o Dr. Carlos Miguel, e dise-lhe que só precisava que ele me desse cobertura para que pudéssemos recuperar, dando-me autonomia para fazer a gestão do orçamento. Fizemos então uma redução de custos na ordem dos 20%.

Jornal de Mafra – Onde cortou?
Sérgio Galvão – 
O corte foi transversal. Estava eu do lado de cá como vereador das finanças, a cortar, e os outros colegas do lado de lá, a querer fazer obra ou a querer apoiar projetos culturais, ou associativos. Esta situação causou, naturalmente, alguns engulhos, mas esta foi a primeira causa difícil que abracei, mas o que é certo, é que ainda hoje a câmara está bem em termos financeiros.

Outra das minhas causas foi o projeto associativo da “Física” de Torres Vedras, que estava com muitas dificuldades, com 4 meses de ordenados em atraso e com uma série de dívidas fiscais, uma causa que abracei em 2014, com uma equipa reduzida, mas conseguimos recuperar, gozando hoje a “Física” de uma excelente saúde financeira.

Os resultados das eleições em Torres Vedras são uma incógnita

E agora esta terceira causa, a ambição de poder liderar os destinos do município. Tenho a consciência plena de haver uma série de coisas que não estão bem na câmara municipal e a partir de conversas com alguns empresários e com alguns colaboradores decidi agir, decidi candidatar-me à presidência da Câmara de Torres Vedras, neste desígnio de querer mais e melhor para o concelho.

Jornal de Mafra – Poderemos afirmar que até aqui, as suas causas têm se revestido de um caráter mais técnico do que político?
Sérgio Galvão –
Assim é nas duas últimas situações que referi, tratou-se de crises financeiras, mas esta causa que estou agora a abraçar é mais política.

Jornal de Mafra – Recentemente disse-se “mais de esquerda”. Onde está hoje a fronteira entre a esquerda e a direita?
Sérgio Galvão –
Depois de ter dito isso, disse também que as políticas, incluindo as municipais, não são de esquerda nem de direita. Na mesma ocasião perguntaram-me se eu ainda era socialista, respondi que sim.

Jornal de Mafra – E o que é hoje ser socialista?
Sérgio Galvão –
As políticas de esquerda têm um peso mais significativo do estado, na circunstância, um peso mais forte da câmara, sendo as políticas de direita muito mais liberais.

A nível local, não tenho pensamentos de esquerda ou de direita e penso que os candidatos, mesmo os mais de esquerda e os de direita, defendem políticas muito próximas de algumas que vamos todos seguir. O concelho é o mesmo, a realidade é a mesma, as propostas são umas mais arrojadas do que outras, umas fazem mais sentido do que outras, mas ser de esquerda ou de direita não tem aqui uma grande influência.

Tenho gente comigo que são de direita e de esquerda

Digo que sou mais de esquerda porque sou socialista, era, porque já me desfiliei do partido, mas tenho muitas políticas, que eu gostava de descentralizar, e que são de direita. Tenho gente comigo que é de direita e de esquerda.

Jornal de Mafra – Embora defenda uma maior participação na vida pública e que essa participação passe pelas freguesias, singularmente, só concorre à freguesia de Santa Maria, S. Pedro e Matacães? Há alguma explicação para isso?
Sérgio Galvão –
Na verdade é uma nova forma de fazer política. Identifico-me muito com alguns atuais presidentes de junta e com alguns dos que se vão candidatar. Ora, para ser politicamente honesto, se conheço e reconheço mérito ao presidente de junta, digamos, da Silveira, que é o Luís Pedro, porque é que hei de arranjar alguém que vá contra ele?

Jornal de Mafra – Não haverá aí alguma ingenuidade política, uma vez que irá necessitar de apoio na Assembleia Municipal, onde os presidentes de junta têm assento?
Sérgio Galvão –
No dia 27 de setembro poderei responder-lhe a essa pergunta. Agora, a mensagem que quero passar é esta, e os partidos, o que fizeram? Aqui em Torres Vedras, o PS é poder desde sempre. Aquilo que espero é que as pessoas consigam diferenciar a câmara, da assembleia municipal e da assembleia de freguesia. Passando nós, Unidos Por Torres Vedras, a mensagem daquilo que pretendemos fazer a nível da descentralização, onde o nosso modelo de governação é a nossa grande aposta e uma das âncoras da nossa candidatura.

Durante o mandato, o meu executivo irá duas vezes a cada freguesia, onde passará dois meses, tudo acontecendo na freguesia durante o tempo em que aí permanecer, tudo, reuniões do executivo, atendimento ao público e momentos culturais. Nos dois meses anteriores, uma equipa da câmara terá passado por essa freguesia a fazer o levantamento das necessidades. Depois, em conjunto com a respetiva junta, com as empresas e associações lá sediadas e com a população, definiremos as políticas para aquela freguesia, para que assim, as pessoas entendam que têm de participar na vida e nas decisões locais.

Se acreditam em nós, votem em nós para a câmara e para a assembleia municipal e votem no presidente de  junta que entenderem

Esta é uma forma nova de fazer política, não sei o que as pessoas pensarão disto, mas faz sempre bem sairmos da nossa zona de conforto e perceber outras realidades. Este projeto parece-me muito interessante, obrigando-nos a estar muito presentes nas freguesias, onde estaremos duas vezes em cada mandato, avaliando o que fizemos e o que ainda falta fazer.

Retomando a resposta à pergunta que me fez, na verdade, revemo-nos muito em alguns presidentes de junta. Tenho este tempo para passar esta mensagem, se acreditam em nós, votem em nós para a câmara e para a assembleia municipal e votem no presidente de  junta que entenderem.

Quando referiu a questão da ingenuidade, eu considero que aquilo que propomos é  uma forma verdadeira e diferente de fazer política, se as pessoas vão perceber ou não… Só vamos concorrer à freguesia da cidade, porque na cidade não há nenhum candidato com experiênciaou seja, havia um, o atual presidente de junta, que passou agora para o executivo e não há nenhum candidato na cidade que tenha experiência governativa.

Jornal de Mafra – O referendo local é um modelo de participação pouco utilizado em Portugal, qual é a sua sensibilidade relativamente a este instrumento de participação?
Sérgio Galvão –
Sou muito sensível. Nas grandes decisões estou perfeitamente à vontade para fazer o referendo.

Sou político, mas há um mundo privado lá fora para eu poder trabalhar

Jornal de Mafra – Neste contexto, o que entende por “grandes decisões”?
Sérgio Galvão –
Por exemplo, os Cucos são uma das nossas grandes apostas. São 130 hectares, cerca de metade do Central Park de Nova Iorque, um projeto lindíssimo porque enquadra  um mumdo empresarial relacionado com o turismo ambiental, com o turismo da saúde e com o turismo desportivo, uma série de valências que aquele pulmão do concelho encerra.

Dependendo do valor negociado para a aquisição dos Cucos, uma vez que se trata de um valor significativo, embora, na verdade, os valores que a família pedia inicialmente fossem demasiado elvados, já estão a baixar, e pode ser que consigamos chegar a um entendimento. Se o valor for muito elevado e se tivermos capacidade para fazer a aquisição, nem que seja negociando, por exemplo, a um prazo de 10 anos, vejo com bons olhos que se pergunte à população, se está de acordo com este investimento.

Jornal de Mafra – A perspetiva seria comprar, reabilitar e entregar aos privados, entendi bem? Utilizaria o modelo da parceria publico-privada?
Sérgio Galvão –
Não, não. A compra seria da autarquia e seria a autarquia a fazer a gestão do espaço. Existem lá umas termas, faz-se um concurso público, há zonas ótimas para habitação ou para alojamento local, abre-se concurso para a sua exploração. São 130 casas, aquilo dá para muita coisa, mas seria sempre depois de abrir concursos. Eu sou contra as parcerias público privadas.

Jornal de Mafra – A sua atividade profissional recente passa pelo turismo. Como está o turismo no concelho de Torres Vedras e que reflexos teve a pandemia no setor?
Sérgio Galvão –
O turismo a nível nacional não está bem, o turismo de massas sofreu bastante com a pandemia.

A área onde eu trabalho é constituida por hoteis muito pequenos, para clientes de gama média alta e este verão foi bom, tal como o verão anterior, o que nos permitiu, felizmente, ultrapassar bem esta crise.

Em sede própria iremos dar a toda a gente uma hipótese de poder participar, queremos governar de uma forma muito transparente

Jornal de Mafra – Vê-se a sair de uma atividade privada ligada ao turismo, para uma câmara, onde gerirá políticas de turismo, e regressar depois à atividade turística privada na mesma área geográfica? Não crê que possa haver aqui alguma incompatibilidade?
Sérgio Galvão –
Não, não, até porque sou trabalhador por conta de outrem, não sou investidor. Uma pessoa que está na política, depois de sair tem de continuar a trabalhar. Longe de mim, pensar que haveria de trabalhar onde trabalho atualmente. Quando recebi o convite foi naquela altura de transição, finais de 2015, inicio de 2016. Sabendo deste meu mal-estar na câmara, questionaram-me para saber se estaria interessado, eu ponderei e tomei a decisão que tinha de tomar.

A minha decisão partiu da saída do presidente Carlos Miguel. Sou político, mas há um mundo privado lá fora para eu poder trabalhar.

Jornal de Mafra – Qual é a marca do seu programa eleitoral, o que o distingue de todos os restantes?
Sérgio Galvão –
A forma de governação. Darmos mais poder às pessoas, darmos mais poder às freguesias. Será certamente um modelo desgastante para nós, que teremos de andar sempre na estrada, mês a mês, mas será também um modelo muito mais gratificante. Em sede própria iremos dar a toda a gente uma hipótese de poder participar, queremos governar de uma forma muito transparente.

Queremos também criar um centro de informação estatística municipal, queremos saber, por exemplo, quantos carros passam numa determinada estrada ou qual é a tipologia da população, isto irá ajudar-nos a tomar decisões informadas.

Uma outra questão importante é a muita burocracia que existe atualmente na câmara municipal. Aqui, teremos de adaptar a estrutura de funcionamento da câmara ao nosso pensamento, o que passará por alterar a orgânica de funcionamento da câmara.

Jornal de Mafra – Vai criar novos departamentos e novas estruturas intermédias?
Sérgio Galvão –
Passará por ambos. A câmara tem poucos departamentos, muito poucos, e isso não permite valorizar as pessoas em função do seu mérito, pela sua capacidade de cumprir objetivos.

Queremos criar pelo menos mais duas unidades e alguns gabinetes, como o gabinete de apoio ao mundo rural e às freguesias, mas há duas unidades que são fundamentais, a primeira, relacionada com a transparência, queremos ter uma fiscalização total sobre os concursos, queremos publicar as receitas e as despesas de eventos como o Carnaval ou de serviços como o estacionamento, e a segunda unidade relacionada com boas práticas, temos de seguir boas práticas.

Jornal de Mafra – Que avaliação faz da gestão da câmara em termos de transparência e de prevenção de atos de corrupção?
Sérgio Galvão –
Na câmara de Torres Vedras há um plano contra a corrupção assinado ainda no meu tempo e corrupção não me parece que exista. Quando era vereador havia pessoas que me abordavam e diziam que tinha acontecido isto ou aquilo, com um fiscal, por exemplo, mas quando eu pedia nomes, ninguém dizia. O diz que disse não conta, tem de haver factos.

Contamos tirar alguns votos ao Partido Socialista, até pela minha matriz socialista, e também ao PSD, porque temos connosco pessoas de grande valor, que são do PSD

Não me parece que ocorram atos de corrupção na câmara de Torres Vedras. Quanto à transparência podiamos ser melhores. Podiamos ser mais céleres e publicar, se há um concurso há que publicá-lo, dizer quem são os concorrentes e que propostas estão em análise. Assim era tudo mais fácil é transparente, não há nada a esconder.

Ouvimos muitas vezes a frase “os políticos só querem é tacho”…

Jornal de Mafra – Algumas vezes serão os próprios políticos que se põem a jeito?
Sérgio Galvão –
Claro, a começar por alguém que eu considerava, como é o caso do Engº José Sócrates, que teve políticas exemplares na área do ambiente, mas que depois termina com este caso que estamos a acompanhar, que para mim representa uma enorme deceção.

Devia fazer-se mais para acabar com a corrupção, devia haver uma ação mais forte, que pudesse ser dissuasora.

Como lhe disse, não acredito que haja casos de corrupção na Câmara de Torres Vedras, mas podia ser mais transparente, e contra mim falo, que quando lá estive também não estava tão desperto como hoje para este tipo de problemas.

Jornal de Mafra – Tem por lema “transformar Torres Vedras num dos melhores concelhos da Europa para viver nos próximos 10/15 anos”. Permita-me esta pequena provocação, com que Europa é que faz a comparação?
Sérgio Galvão –
Termos as boas práticas de governação participativa de alguns países nórdicos. É por aí que queremos seguir.

Quero que se olhe para Torres Vedras como um bom sítio para viver. Na verdade, Torres Vedras já é um bom sítio para viver, é um concelho equilibrado, mas falta fixar aqui as pessoas, melhorar aquilo que temos. Por exemplo, temos dois excelentes rios que estão poluidos e que precisam de levar uma grande volta. Falta gerar emprego no concelho, é preciso que os nossos jovens não tenham de sair daqui para trabalhar. É difícil ter cá universidades, porque estamos a trinta minutos de Lisboa, mas se conseguirmos criar aqui alguns polos de investigação centrados naquilo em que somos bons, no nosso mundo rural, já que somos muito bons a produzir vinho e somos muito bons nas hortícolas, precisamos de ter cá um laboratório ligado ao cluster agrícola, para que possamos criar valor. Em conjunto com o protocolo já existente na área da saúde será também possível trazer cérebros para o nosso concelho, fixar cá os nossos jovens e então sim, atingirmos uma qualidade de vida muito superior àquela que temos.

Jornal de Mafra – Continuando a falar de transparência, mas agora em relação à sua candidatura, a qual tem o maior orçamento de campanha do concelho, 80.000 €, sendo 55.000 € de donativos. Quem são os seus principais contribuintes?
Sérgio Galvão –
São todos particulares.

Não me parece que ocorram atos de corrupção na câmara de Torres Vedras. Quanto à transparência podiamos ser melhores

Jornal de Mafra – Concorda que 55.000 € de donativos é obra?
Sérgio Galvão –
Quando surgiu a minha candidatura houve muita gente que se aproximou de mim e que me apoiou.

Jornal de Mafra – Trata-se de muitos financiadores com contribuições reduzidas, ou trata-se de poucos financiadores mas cada um deles com valores mais elevados?
Sérgio Galvão –
Eu próprio irei contribuir para a minha campanha, mas temos connosco cerca de 100 pessoas, algumas das quais vão contribuir para a campanha.

Houve também pessoas, algumas delas empreendedores, que disseram apoiar-me e que se aproximaram de nós, antes de tomarmos esta posição e de fazermos esta avaliação. Foi assim que chegámos aos 55 mil euros de donativos. A este valor soma-se a subvenção estatal relacionada com o número de votos que venha a conseguir, esperando eu que possa receber muito mais do que os 25 mil euros que previ nessa rubrica.

Tenho muita esperança de vencer e se isso acontecer, a subvenção estatal será muito superior aos 25 mil euros calculados, e esse valor, porque nós viemos para ficar, destinar-se-á a financiar a nossa associação, que já tem os seus estatutos prontos, associação que se denominará “Associação Unidos Por Torres Vedras Movimento Cívico”, se a lei nos permitir utilizar o mesmo nome.

Jornal de Mafra – Se a lei mudar, no futuro, essa associação poderá vir a tornar-se num partido político?
Sérgio Galvão –
Não, não. Nós inspiramo-nos no Porto. A maior parte daqueles que irão fazer parte da associação, aderirão pelo facto de se tratar de um movimento cívico, a transformação num partido político, não faria qualquer sentido.

Já agora, o financiamento é transparente, eu sou obrigado a passar um recibo no nome da pessoa que contribuiu.

 

Jornal de Mafra – De que modo a entrada de dois novos partidos (Chega e Aliança) na disputa autárquica em Torres Vedras, para além da sua candidatura, poderão alterar o status quo político do concelho?
Sérgio Galvão – 
Uma coisa é certa, com a morte de Carlos Bernardes o paradigma político local mudou. De resto, ele próprio, já no decorrer da pré-campanha, tinha feito alterações à sua equipa. O surgimento do Chega e do Paulo Bento detrás do Aliança leva a uma dispersão de votos, sendo que em Torres Vedras, os votos vão dispersar-se em 7 candidaturas.

Os resultados das eleições em Torres Vedras são uma incógnita

No entanto, a distribuição dos mandatos é feita pelo método de Hondt, logo, o número absoluto de votos não chega para que isso se reflita em mandatos e a abstenção também é importante. Na verdade, os resultados das eleições em Torres Vedras são uma incógnita, estas eleições serão muito disputadas até ao fim, as pessoas terão de ponderar o seu voto útil e eu espero que olhem para nós como um movimento cívico, como pessoas credíveis e com vontade de mudar e de trabalhar, e que esse voto de incerteza nos calhe a nós.

Contamos tirar alguns votos ao Partido Socialista, até pela minha matriz socialista, e também ao PSD, porque temos connosco pessoas de grande valor, que são do PSD, como o Diogo Guia, que já foi Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, mas também temos pessoas de grande valor da CDU como o Luís Cristovão, e contamos também ir buscar muitos votos à abstenção.

Quando o nosso partido é Torres Vedras torna-se tudo mais fácil.

 

 

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