Aconteceu em …
… 07 de dezembro de 1963
A 7 de dezembro de 1963 é publicado um Decreto-Lei que se referia ao Museu de Escultura Comparada de Mafra:
“Tendo os serviços do Ministério das Obras Públicas concluído os indispensáveis trabalhos de adaptação das dependências do Palácio Nacional de Mafra escolhidas para se instalar o Museu de Escultura Comparada e encontrando-se já reunidas e convenientemente arrumadas nessas dependências muitas espécies do mais alto interesse;
Tornando-se, por isso, conveniente tomar as disposições que permitam abrir sem demora ao público o referido Museu, o primeiro do seu tipo em Portugal;”
Tudo a postos, não faltando sequer o quadro de pessoal que “Até ser fixado o quadro do pessoal do Museu a sua direcção incumbirá ao conservador do Palácio Nacional de Mafra e os serviços de guarda, vigilância e limpeza ficarão a cargo do pessoal menor do mesmo Palácio”.
O regulamento de 1965 referia:
“(…) o primeiro fim de tais museus «é, sem contestação possível, assegurar a conservação das obras de arte que foram retiradas do quadro para que tinham sido concebidas e executadas […]. Mas o segundo fim de um museu, tão essencial como o primeiro, consiste em expor, valorizar, fazer conhecer e apreciar as obras que nele são conservadas, o que significa que os museus de arqueologia e belas-artes devem desempenhar uma missão científica e artística ao mesmo tempo que uma missão educativa e social. Se o museu não for mais do que uma instituição com finalidade conservadora, poderá então qualificar-se de necrópole. É a definição que cabe aos museus privados de contacto com o mundo científico, com os artistas, com o público em geral e a juventude em particular. O museu deve ser um organismo cultural ao serviço da comunidade».”
E o Museu de Escultura Comparada de Mafra foi inaugurado, tendo encerrado ao público 10 anos depois.
Entre as mais de 100 réplicas de esculturas que se encontram neste museu está o “Túmulo de Fernão Gonçalves Cogominho” (século XVI) do Museu de Évora, a lápide sepulcral “Virgem, o Menino e D. Honorico” do Museu Nacional Machado de Castro, esculturas dos túmulos de Pedro e Inês de Castro do Mosteiro de Alcobaça (século XIV), a “Estátua do Rei Salomão” (século XII) ou as “Três Garças”, patentes no Museu do Louvre.
Para poder recuperar as sete salas do torreão norte onde estão as esculturas são necessários de cerca de 200 mil euros.
O JM visitou o museu em março deste ano e deixa-lhe aqui algumas imagens dessa visita.
Este ano o Museu esteve excecionalmente aberto, num final de tarde de junho, no âmbito de um projeto de mestrado de Bárbara Figueiredo, cujo tema passa precisamente pelo Museu de Escultura Comparada do Palácio nacional de Mafra.