Exmos. Srs.
Sou mãe e Encarregada de Educação de uma criança a frequentar o 2º Ano na EB1 do Agrupamento de Escolas Professor Armando Lucena – Malveira.
No 1º ano a turma do meu filho foi alvo de 4 trocas de professor ao longo do ano devido a períodos de baixa do professor titular.
Este ano, a situação não está ser diferente. O professor que, no ano passado leccionava a turma, saiu do agrupamento e na turma foi colocada uma nova professora do quadro, que, pouco tempo depois do início do ano letivo informa estar grávida. Como encarregados de educação, começamos logo, em outubro a prever que este ano iria ser complicado, pois uma gravidez, dá sempre origem a baixa.
Tal como se previa, no início do 2º período a professora titular entrou de baixa entregando um atestado de 1 mês (segundo informação da escola).
Fomos informados desta situação na reunião de avaliação no dia 5 de janeiro, pela coordenadora da escola. A vaga iria a concurso na semana seguinte.
No dia 24 de janeiro, somos informados por e-mail, pela coordenadora da escola que a vaga ainda não tinha sido preenchida, pois a professora colocada em substituição da professora titular também estava grávida tendo de imediato apresentado atestado e os professores colocados a seguir não aceitaram a vaga.
Como solução a escola decidiu assegurar as aulas da turma com uma professora de apoio da própria escola, ainda que de forma provisória e, de acordo com informação dada pela coordenadora, a escola só é obrigada a assegurar a atividade letiva nos primeiros 5 dias de um atestado, estando portanto a assegurar mais do que aquilo que é obrigatório para tentar minimizar o prejuízo para os alunos.
No dia 6 de fevereiro (1 mês após o atestado da professora titular) a coordenadora informa os pais que já tinha sido colocada uma nova professora. No dia 7 de fevereiro informa que a mesma faltou por motivos de saúde e é marcada uma reunião de encarregados de educação para o dia 15 de fevereiro para apresentação na dita nova professora.
Chegado o dia da reunião, 15 de fevereiro, a adjunta do diretor, a coordenadora do estabelecimento e a professora do apoio informam os pais que a professora colocada rescindiu o contrato tendo a vaga sido lançada outra vez no portal dos concursos.
Com tudo isto já chegamos a meio do 2º período, as crianças sentem-se perdidas, os conteúdos adquiridos estão a ficar para trás. Por muito esforço que a escola esteja a fazer colocando professores de apoio a substituir e assegurar a turma, não é a mesma coisa.
Esta turma de 26 crianças precisa urgentemente de ter uma REFERÊNCIA, naquele que é o pilar mais importante da educação: o Ensino Básico… e não está a ter….desde o 1º ano!
No meio de tudo isto, nós pais não temos uma porta onde ir bater. Porque tudo é supostamente “culpa” do Ministério da Educação e da forma como os concursos são realizados.
Ao Ministério não conseguimos chegar e por isso pedimos o V/ apoio no sentido de denunciar estas situações que não são facilitadoras do Direito à Educação que todas as crianças têm.
Atenciosamente,
Andreia Alexandra Pereira Magalhães
Encarregada de Educação do 2ºB da EB1 da Malveira