A Região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a que inspira maior preocupação relativamente á pandemia por covid-19. Ainda hoje, mais de 70% dos novos casos registados se localizam nesta zona. (284 dos 375 registados a nível nacional). Dos 422 doentes internados a nível nacional 381 encontram-se internados da região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, 59 deles em Unidades de cuidados intensivos.
A situação na área metropolitana de Lisboa continua circunscrita a 5 concelhos – Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra – dentro dos quais se encontra distribuída de forma “não perfeitamente simétrica” e com uma “clara identificação das freguesias onde há maior incidência”. Com vista a controlar a situação nesta zona o governo decidiu realizar uma reunião na próxima 2ª feira de manhã (com o primeiro ministro, o presidente da AML e os presidentes de câmara destes concelhos) com vista ao “aprofundamento daquilo que são as medidas de supressão da doença nas freguesias, nas áreas que tem maior incidência”, citações das Ministra da Saúde, em declarações de hoje.
A Ministra afirmou ainda que “numa sociedade baseada na solidariedade não há nada que fundamente o desrespeito pelo confinamento obrigatório e esse desrespeito deve merecer o nosso mais vivo repudio. O ministério da saúde não hesitará em reforçar medidas de garantia das regras conhecidas de isolamento dos casos positivos e dos casos suspeitos. Medidas de garantia das regras conhecidas de distanciamento físico, higienização e uso de máscaras. Acima de tudo medidas de proteção dos mais vulneráveis, como os idosos.”
Marta Temido referia-se ao facto das pessoas doentes ou que tenham contatado com pessoas doentes, motivo pelo qual se encontram em vigilância, são obrigadas ao confinamento obrigatório, pelo que devem permanecer em casa. Os incumprimentos podem constituir crime de desobediência e são puníveis com pena de prisão até um ano e 4 meses ou com pena de multa até 160 dias.
A ministra relembrou que o alojamento alternativo tem sido disponibilizado a todos os que não tenham condições de realizar o isolamento profilático em casa. Encontra-se também ativo o apoio alimentar e o apoio de material “a quem deles necessite”.
“Não é possível baixar a guarda. Estão redondamente enganados aqueles que pensam que podem regressar às suas vidas na normalidade anterior. Isso só acontecerá quando uma vacina ou um tratamento eficaz forem descobertos. Daqui até lá, não hesitaremos em usar as medidas de saúde pública necessárias a que a supressão da doença seja efetivamente adquirida e conquistada” afirmou Marta Temido.
A ministra deixou um apelo “à responsabilidade individual porque não há estado nenhum que consiga fazer aquilo que só é responsabilidade dos indivíduos”.