Deve manter-se distanciamento social, higienização, etiqueta respiratória e uso de máscara social

Na conferência de imprensa de hoje sobre o ponto de situação da pandemia provocada pela covid-19 no nosso País, a ministra da Saúde voltou a reforçar que “não haverá um regresso à normalidade tal como a conhecíamos e temos de nos habituar, aprender a viver com a doença até que uma vacina ou um tratamento eficaz sejam identificados”.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) analisou os casos confirmados por SARS-CoV-2 notificados através do SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica) no período compreendido entre 18 e 24 de abril. A amostra que foi possível reunir envolve 2 958 casos confirmados do total de 4 370 casos confirmados entre as datas indicadas. Sendo que 44% dos 2 958 casos tinham os registos da informação sobre relativo ao tipo de transmissão, as restantes situações não continham essa informação, assim, a ministra fez novamente o apelo ao “preenchimento completo dos dados”.

Da análise da amostra concluiu-se que o “local de habitação continua a ser o principal contexto de transmissão” representando cerca de 30% dos casos confirmados, isto, segundo Marta Temido revela a “particular necessidade de ter em atenção que quem está em domicílio continua a ter necessidade de cuidados especiais quando está em domicílio e infetado”. 25% dos casos confirmados correspondiam “a situações de surto, ou seja de de um grupo de casos em instituições coletivas” tratando-se de casos registados em lares, instituições particulares de solidariedade social, em 2 hostels e numa empresa.

A ministra destacou ainda que “apesar das restrições decorrentes do estado de emergência” , 9% dos casos confirmados, dispondo da identificação de onde ocorreu a transmissão, dizem respeito a “casos de transmissão social”, a partir do “contacto com amigos e com familiares não coabitantes”. Voltando a apelar para que “ninguém, em qualquer circunstância, baixe as medidas de prevenção da transmissão da infeção”.

Os números revelam que o “esforço que temos desenvolvido têm de ser um esforço continuado” sendo necessário continuar a “garantir as medidas que temos aprendido e que são a nossa melhor defesa no combate a infeção e no alívio das medidas de confinamento que precisamos de começar a considerar para responder também a outras necessidades sociais”.

A doença não se encontra ultrapassada, pelo que é necessário o “cumprimento escrupuloso, disciplinado de todas as medidas de saúde pública que aprendemos e nas quais temos insistido: o distanciamento social mantém-se necessário, a higienização, a etiqueta respiratória e o uso de máscara social quando nos encontramos, ou quando nos viermos a encontrar, em espaços fechados e com um número significativo de pessoas. Uma vez mais, quando isso vier a acontece,r o que não é o caso atual”.

Os números “dependem da nossa ação individual” tendo Marta Temido, mais uma vez apelado para que “nesta, que vai ser a 9 semana depois do início do surto, tenhamos paciência, disciplina e capacidade de nos adaptarmos a aquilo que é viver com a infeção”.

 

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