O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou ontem ter detido “no concelho de Sintra, um cidadão estrangeiro, líder de um grupo criminoso com células em Portugal, Espanha, França, Alemanha, Ucrânia e Moldávia”.
A detenção ocorreu a partir da investigação ‘Three Strikes’, que indicia a “prática dos crimes de falsificação de documentos, associação criminosa, fraude fiscal, contrabando transnacional de tabaco e violação de interdição de entrada em Espaço Schengen, foram realizadas buscas domiciliárias e a viaturas”.
O detido, ‘Borman’, é conhecido pelas autoridades portuguesas e já foi condenado por duas vezes em Portugal:
- Em 2002, foi condenado pelo Tribunal de Cascais a 18 anos de prisão, pela prática dos crimes de associação criminosa, sequestro, extorsão, detenção de arma proibida, auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos.
- Em 2018, foi condenado (noutro processo) a 8 anos de prisão, pela prática dos crimes de falsificação de documentos, com pena acessória de expulsão pelo período de 10 anos, com interdição de entrada em Portugal, a qual violou.
Sobre o detido, de 50 anos, existia um mandado de detenção europeu, inserido “pelas autoridades espanholas, por fortes indícios da existência de uma organização criminosa estruturada e permanente ao longo do tempo, dirigida pelo agora detido, e com ramificações internacionais”. Portugal tinha inscrito o homem com “uma indicação Schengen de não admissão em Espaço Schengen”.
A operação ‘Three Strikes’ contou com 15 inspetores do SEF e 4 da Polícia Judiciária, tendo sido apreendidos vários documentos falsificados, 55 mil euros em dinheiro e duas viaturas.