Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste afirma que obras continuam paradas há dez meses

LINHA COMBOIO

 

No final da semana passada, a Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste (CPDLO) convocou uma conferência de imprensa junto à passagem de nível no Jerumelo (km 43,252), na qual pretendeu mostrar que as obras do troço entre Meleças e Torres Vedras continuam paradas.

Apesar da Infraestruturas de Portugal (IP) ter chegado a informar publicamente do retomar das obras no início de novembro de 2022, a comissão refere que “facilmente se pode constatar que não correspondia à verdade”.

“As obras de modernização e electrificação da Linha do Oeste, entre Meleças e Torres Vedras, estão paradas vai para dez meses, sem que se vislumbre quando possam vir a ser reatadas, pondo cada vez mais em causa o prazo de conclusão do projeto reabilitação deste eixo ferroviário, até 31 de Dezembro do presente ano.”, afirma a Comissão Para a Defesa da Linha do Oeste.

Na conferência de imprensa, Rui Raposo, da CPDLO, afirmou que a “única intervenção em curso em todo o troço é a implantação de torres de comunicações”. Acrescentando que “há remoção de terras, mas neste momento não há máquinas no terreno, não há homens, não há rigorosamente nada, nem aqui, nem nos outros pontos do troço entre Meleças e Torres Vedras”.

A comissão refere haver obras que ainda não foram iniciadas, dando como exemplos, as obras previstas para os quatro túneis do troço, o rebaixamento do piso do túnel da Sapataria, a implantação do tabuleiro e de catenárias para a eletrificação da linha e as intervenções para a correção das plataformas das estações e apeadeiros.

A obra deveria ficar concluída até 31 de dezembro de 2023, mas estes atrasos “podem prejudicar todo este processo até no plano do financiamento comunitário”, já que o financiamento implica que a obra esteja concluída naquela data.

 

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