Homenagem aos Presos Políticos e Antifascistas de Mafra

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A URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses) tem desenvolvido trabalhos de investigação centrados no período da ditadura (1926-1974). Deste esforço de investigação resultou uma lista de cerca de 170 cidadãos, que nasceram ou residiram no concelho de Mafra e que durante o período da ditadura foram presos e alguns deles torturados pela polícia política do regime.

Ontem à tarde, no Auditório Municipal Beatriz Costa, a URAP homenageou estes cidadãos residentes ou naturais do concelho, que se bateram contra a ditadura instaurada no país a partir de 28 de maio de 1926.

urap out22 2.pngA Eugénio da Costa Ruivo, o grande impulsionador destes trabalho de investigação, juntaram-se o Coordenador da URAP, José Pedro Soares, a Diretora do Museu Nacional Resistência e Liberdade (Peniche), Aida Rechena, o Coronel Hélder Neto, em representação da Associação 25 de abril, o Professor Luís Farinha, ex-diretor do Museu do Aljube e António Felgueiras, vereador da cultura na Câmara Municipal de Mafra, entidade proprietária do espaço onde a sessão se realizou.

Durante a sessão, bastante participada, foi possível ouvir testemunhos de ex-presos políticos e de seus familiares, que ilustraram as dificuldades, a abnegação, os sacrifícios a que aqueles cidadãos se sujeitaram em nome da defesa dos ideais democráticos.

Esta sessão foi precedida de uma reunião entre membros da URAP e responsáveis da Câmara Municipal de Mafra, representada pelo próprio presidente, Hélder Silva e pelo vereador António Felgueiras. Nessa reunião, segundo a URAP, “os responsáveis autárquicos expressaram a sua solidariedade com os propósitos da URAP, de preservação da memória democrática e antifascista” e “apoiaram também a relevância dos esforços desenvolvidos pela organização junto da comunidade escolar no concelho de Mafra”.

Desta reunião resultou também um acordo, no sentido de erigir em Mafra – no quadro das comemorações dos 50 anos do 25 de abril – um Memorial “que registe os nomes de todos os presos políticos residentes e/ou naturais do concelho”.

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