Onde será instalado, que obras exige e como vai ser mesmo o Museu Nacional da Música?

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O Museu Nacional da Música (MNM) encontra-se atualmente instalado na estação de metro Alto dos Moinhos, mas o protocolo estabelecido entre o Museu Nacional da Música (MNM) e o Metropolitano de Lisboa já terminou e o museu procurou por uma nova casa.

Em novembro de 2017 surge a notícia de que o museu se iria dividir em dois pólos: Um dos pólos ficaria em Lisboa no Palácio Foz (Restauradores) o outro viria para Palácio Nacional de Mafra.
Em janeiro de 2018 o destino do Museu é revelado pelo então ministro da cultura, Luís Filipe Castro Mendes, durante uma audição parlamentar: “O Museu da Música será em Mafra“. O ministro referiu ainda que o “projecto é para levar para a frente” e “está definido que faremos este ano o Museu da Música em Mafra“.
Em fevereiro deste ano foi assinado o protocolo entre o Município de Mafra e a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) para a instalação do Museu Nacional da Música no Palácio Nacional de Mafra.
Esta semana foi finalmente lançado o concurso para a instalação do Museu Nacional da Música no Palácio Nacional de Mafra (PNM).

Mas afinal onde vai ficar e como vai ser o Museu Nacional da Música (MNM)?

Na análise da instalação do MNM no Palácio de Mafra enumeraram-se os principais aspetos positivos e negativos desta instalação.
Aspetos positivos:
– a dignidade do imóvel;
– a morfologia dos espaços – áreas, pés-direitos e inter-relacionamento das salas;
– uma área útil disponível global superior a 3.000 m2;
– a possibilidade de usufruir de equipamentos já existentes, em regime de partilha quer dentro da DGPC, quer com outras instituições – loja, acolhimento do público ou outros espaços;
– a grande inércia térmica do imóvel, particularmente nas salas da fachada virada a Norte;
– a existência de estacionamento para os visitantes;
– a recente valorização da envolvente.

Aspetos negativos:
– a pouca flexibilidade de articulação entre espaços, ou seja, a forte limitação de alterar a sua morfologia devido ao valor patrimonial do imóvel, implicando a necessidade de ajustamento do programa funcional aos espaços existentes;
– as dificuldades de instalação de condutas de AVAC (climatização) nas salas de exposição;
– a grande volumetria das salas. Para controlar os gastos de energia com a climatização e considerando as dificuldades do ponto anterior, deverão ser encontradas soluções mínimas de conforto e de estabilidade da humidade relativa. Salienta-se a necessidade de ter condições ambientais idênticas dentro e fora das vitrinas.

O atual plano prevê a instalação do MNM  no “andar nobre da ala Norte do Palácio, em espaços anteriormente ocupados pela Escola Prática de Infantaria” o que permitirá a “criação de uma unidade museológica com funcionamento autónomo relativamente às outras entidades que ocupam este conjunto monumental”.

A entrada para o Museu da Música será efetuada pela mesma porta principal de entrada no Palácio irá contar com uma segunda entrada, situada na fachada Norte, que servirá para serviço do museu, e poderá vir a ser utilizada como acesso para eventos ou para entrada de grupos organizados.

O museu irá ocupar três níveis diferentes do edifício: a cave, o piso térreo e o andar nobre.

Na Cave devem ser instaladas as reservas, expurgo, oficinas de conservação e espaços técnicos.

No Piso térreo deve situar-se o acolhimento ao público, onde se inclui um espaço para introdução do museu aos visitantes e uma cafetaria. A bilheteira, a loja, instalações sanitárias e outros espaços para apoio técnico, nomeadamente segurança, serão partilhadas entre o Museu e o Palácio.
No Andar Nobre devem localizar-se as salas de exposição permanente, e de exposição temporária, um espaço polivalente que funcionará como auditório para concertos de música de
câmara; uma sala para serviço educativo; gabinetes técnicos e da Direção; instalações sanitárias e espaços técnicos e de apoio.
As salas do MNM vão situar-se entre o torreão Norte e o topo Nascente da ala (excetuando-se a Sala do Trono e a capela militar); conjunto de salas compreendidas entre o topo Norte e a Biblioteca.

As intervenções necessárias para a instalação do MNM no PNM, vão ocorrer “apenas ao nível do interior do edificado e essencialmente de conservação e restauro, devendo a intervenção de remodelação ser restringida à absoluta necessidade de adaptação de espaços às funções exigidas, obras de conservação, nomeadamente no que respeita a vãos de madeira interiores e exteriores e acabamentos”.

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