Polícia Judiciária fez hoje buscas nos Bombeiros Voluntários da Ericeira
Cerca de 10 Agentes da polícia Judiciária passaram hoje uma boa parte do dia em buscas na secretaria e no comando dos Bombeiros Voluntários da Ericeira (BVE).
Estas buscas, já confirmadas ao Jornal de Mafra pelo Presidente da Direção, Ricardo Mestrinho, destinaram-se a recolher documentação – atas, tomadas de posse e contratos – relativa às relações da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Vila da Ericeira com a Predominante Azul, que se dedica à contratação e formação de nadadores salvadores. Recordamos que esta questão foi já tema de algumas perguntas que dirigimos a Ricardo Mestrinho aquando da entrevista que nos concedeu em julho deste ano.
Ricardo Mestrinho confirma as buscas, refere ter havido por parte da direção dos bombeiros da Ericeira uma estreita cooperação com os elementos da polícia judiciária que se deslocaram às instalações dos BVE, considerando “serem sempre bem-vindos” até porque isso poderá contribuir para que “não haja mais conversas, para acabar com o diz que disse” e encerrar definitivamente esta questão.
As buscas destinar-se-iam a esclarecer se a Predominante Azul estaria a utilizar os Bombeiros da Ericeira para se promover em termos financeiros. A direção dos BVE terá procurado demonstrar que, na realidade, não é isso que se passa, uma vez que “a Predominante Azul faz parte integrante dos bombeiros”. Isto seria algo que os inspectores da PJ afirmaram desconhecer.
A PJ, terá ainda colocado algumas questões relativas à venda do quartel, e a uma eventual relação desta venda com os negócios do atual presidente da assembleia geral dos BVE, tendo a direção dos bombeiros negado a existência de qualquer relação negocial que envolva aquele elemento dos corpos gerentes dos BVM.
“Nós não temos nada a esconder, os inspectores levaram tudo o que quiseram levar”, e esta será uma boa oportunidade para esclarecer tudo de uma vez por todas, concluiu Ricardo Mestrinho em declarações ao Jornal de Mafra.
o quartel dos BVE foi construído num baldio, logo esse espaço terá que voltar sempre ao domínio público, não é?