Mafra | Descobertos báculos utilizados nas cerimónias de sagração da Basílica de Mafra

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Terão sido descobertos, recentemente,  dois báculos(1), em madeira entalhada e dourada com cerca de 300 anos. Segundo a investigadora Teresa Leonor Vale, foram utilizados nas cerimónias de sagração da Basílica de Mafra, em outubro de 1730, pelo cardeal-patriarca de Lisboa, Tomás de Almeida, deputado da inquisição (1695) e 1º cardeal patriarca de Lisboa.

“Com estes báculos, cremos, bateu Tomás de Almeida na porta da basílica para que ela se abrisse e assim se desse início à cerimónia de sagração e, com a sua extremidade, efetuou no pavimento da basílica as marcações devidas, a dado passo do complexo cerimonial”. Teresa Leonor Vale.

A identificação destas peças terá sido possível através de uma fonte manuscrita que se encontra na Biblioteca da Ajuda.

“(…) pelos aspetos formais e decorativos que evidenciam, coerentes com a produção da época, e apresentam características que sustentam esta nossa convicção: a leveza de um deles (cumprindo assim o que se pretendia), o qual ostenta também a tiara pontifícia com as folhas de palma e o ramo de carvalho, alusivos à Patriarcal de Lisboa (…) apresenta no remate inferior o elemento de ferro a que o manuscrito supramencionado alude, a propósito da sua utilização para as marcações no pavimento durante as cerimónias”.

O restauro das duas peças, cujo valor não é divulgado, será financiado pela Real e Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento de Mafra.

 

(1)
Báculo é: um bordão alto, geralmente com a extremidade superior em arco, usado em cerimónias litúrgicas pelos bispos e por alguns abades conventuais, comosinal da sua jurisdição.

cajado; bastão

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