IPMA | Agravamento do estado do tempo, com precipitação forte e persistente

Chuvacapa
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O IPMA emitiu, esta manhã, um comunicado devido à previsão do “agravamento do estado do tempo, com precipitação forte e persistente” já a partir do dia de hoje.

Devido à aproximação e passagem de um sistema frontal associado a uma depressão centrada a oes-noroeste das Ilhas Britânicas, prevê-se um agravamento do estado do tempo no território do continente a partir da tarde de hoje, dia 09.

Assim, prevê-se precipitação por vezes forte nas regiões Norte e Centro, em especial no Minho e Douro Litoral, entre a tarde de dia 09 e o final da manhã de dia 10. A partir do início do dia de domingo, a precipitação irá intensificar novamente no litoral Norte e Centro, estendendo-se gradualmente ao restante território. Durante este período, esta precipitação deverá ser persistente, em especial no dia 11, domingo.

O vento irá soprar com mais intensidade no litoral oeste e nas terras altas, com rajadas que podem atingir os 70 km/h e os 85 km/h respectivamente, podendo atingir no final do dia de sexta-feira os 85 km/h no Minho e Douro Litoral e os 100 km/h nas terras altas destas regiões.

A agitação marítima deverá manter-se forte em toda a costa ocidental até final da manhã de sábado, com ondas de noroeste com 4 a 5 metros.

Válido entre 2018-11-09 07:41:00 e 2018-11-11 23:59:00

 

Face à situação acima descrita, a Autoridade Nacional de Proteção Civil alerta:

1. SITUAÇÃO
Situação Meteorológica:
No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje, 08 de novembro, pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica apurada, prevê-se para as próximas horas um agravamento das condições meteorológicas, com um período mais crítico entre as 12h00 de amanhã, dia 09 de novembro, e as 06h00 do dia 10 de novembro, nomeadamente:
Precipitação persistente, localmente intensa a partir do meio da manhã (> 10 mm/h), mais provável nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro e Viseu, com previsão de acumulados que podem concentrar valores superiores a 40 mm em 6 horas.
Vento do quadrante Sul moderado a forte no litoral a partir da tarde, com rajadas na ordem dos 85 Km/h, em especial no Minho e Douro Litoral. Nas terras altas o vento soprará moderado a forte (< 40Km/h), intensificando-se a partir da tarde (< 50 Km/h) com rajadas até 100 Km/h em especial na região do Minho.
Agitação marítima na costa ocidental e na costa Sul com ondas de noroeste entre 4 a 5 metros de altura.

2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
 Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água;
 Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
 Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
 Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
 Danos em estruturas montadas ou suspensas;
 Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
 Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
 Possíveis acidentes na orla costeira.
 Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência
 Obstrução de vias de circulação por queda de árvores, deslizamento ou desabamento de terras, pedras ou outras estruturas;

3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
– Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
– Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
– Evitar a circulação e permanência nas terras altas onde as rajadas de vento esperadas são fortes ou muito fortes;
– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

 

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