UNESCO | Candidatura do Palácio e da Tapada de Mafra a Património Mundial faz hoje um ano

Jornal de Mafra 2018.01.26 15h46m55s 008

Faz hoje, 26 de Janeiro, um ano, que o dossier para a inscrição do Palácio Nacional de Mafra e respectiva Tapada na lista do Património Mundial da UNESCO foi entregue para apreciação pela Comissão Nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), sendo posteriormente encaminhado para o Comité do Património Mundial, em Paris.

Em Novembro, no dia de celebração do tricentenário da colocação da 1.ª Pedra da construção do Real Edifício de Mafra, foi revelado que a UNESCO tinha já acusado a recepção do dossier de candidatura, encontrando-se a mesma entre o património sobre o qual esta organização irá decidir em 2019.

A candidatura do mais emblemático monumento do barroco português centra-se na sua biblioteca, nas esculturas e pinturas de mestres italianos e portugueses, no conjunto dos seis órgãos históricos e nos dois carrilhões com 119 sinos.

O coordenador nacional do Ano Europeu do Património, Guilherme d”Oliveira Martins, pensa que o Ano Europeu poderá ajudar à classificação do Palácio Nacional e Tapada de Mafra e do Palace Hotel do Bussaco como património mundial da UNESCO.

O nosso país aderiu à UNESCO em 1965, retirou-se desta Organização Internacional em 1972 e reingressou em 11 de Setembro de 1974.

Mafra consta da lista bens patrimoniais portugueses a serem alvo de processo de classificação desde 2004. Voltando a constar em 2016 depois da actualização das listas dos Estados-membros.

Até hoje, 186 países aderiram a esta Convenção e são 962 os bens inscritos pela UNESCO como Património Mundial, 745 estão classificados como culturais, 188 naturais e 29 como mistos.

Em 1983, a UNESCO classificou em simultâneo quatro locais portugueses como Património Mundial: Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém (Lisboa), Mosteiro da Batalha (Leiria), Convento de Cristo (Tomar) e o centro histórico de Angra do Heroísmo (Açores).
Actualmente, entre centros históricos, sítios arqueológicos, paisagens culturais, parques naturais e património intangível, são 22 os bens classificados em Portugal.

1983 – Centro histórico de Angra do Heroísmo (Açores), Mosteiro da Batalha, Mosteiro dos Jerónimos/Torre de Belém (Lisboa) e Convento de Cristo (Tomar)
1986 – Centro histórico de Évora
1989 – Mosteiro de Alcobaça
1995 – Paisagem cultural de Sintra
1996 – Centro histórico do Porto
1998 – Sítio Pré-histórico de Arte Rupestre do Vale do Rio Côa
1999 – Floresta Laurissilva da Madeira
2001 – Centro histórico de Guimarães e Alto Douro Vinhateiro
2004 – Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, nos Açores
2011 – Fado
2012 – Elvas e as suas Fortificações
2013 – Universidade de Coimbra e a Dieta Mediterrânica
2014 – Cante alentejano
2015 – Fabrico de chocalhos
2016 – Manufatura da olaria preta de Bisalhães, Vila Real e Arte da Falcoaria Real, Salvaterra de Magos
2017 – Produção de Figurado em Barro de Estremoz

Esperemos que em 2019 possamos acrescentar o Palácio Nacional de Mafra e a respectiva Tapada Nacional a esta lista, sendo que, infelizmente, os sucessivos adiamentos da reabilitação dos carrilhões, não augurem algo de bom.

 

[Imagem: Panoramas Aéreos]

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