Assinala-se hoje o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.
A data foi instituída em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho, uma agência das Nações Unidas, ano em que apresentou o primeiro relatório global sobre o trabalho infantil na Conferência Anual do Trabalho.
A data visa alertar a população para o facto de muitas crianças serem obrigadas a trabalhar diariamente, quando deveriam estar na escola a aprender e a construir um futuro melhor. O dia pretende ainda promover o direito de todas as crianças a serem protegidas da exploração infantil e doutras violações dos seus direitos humanos fundamentais, assim como a combater todos os tipos de trabalho infantil.
Segundo o último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgado a 10 de junho, no início de 2020, 160 milhões de crianças – 63 milhões de meninas e 97 milhões de meninos – encontravam-se em situação de trabalho infantil em todo o mundo.
79 milhões das quais realizam “trabalho perigoso”.
Das 160 milhões de crianças em trabalho infantil:
– 89,3 milhões são jovens crianças de 5 a 11 anos
– 35,6 milhões são crianças de 12 a 14 anos
– 35 milhões são crianças de 15 a 17 anos
A África subsariana é a região com o maior prevalência e maior número de crianças em trabalho infantil.
As áreas em que o trabalho infantil é mais prevalente são a agricultura, os serviços e a indústria.
Na agricultura, o trabalho infantil ocorre em plantações comerciais e outras formas de agricultura comercial, complexos agroindustriais, pesca de captura, aquacultura, processamento pós-colheita de peixes e silvicultura.
Nos serviços, o trabalho infantil inclui o trabalho doméstico e o trabalho no comércio, nos transportes e na reparação de veículos automóveis.
O trabalho infantil na indústria compreende o trabalho na construção, mineração e manufatura.
[Imagens do relatório da OIT e daUNICEF/ montagemcapa: Jornal de Mafra]