Tratolixo | 1º de Maio, problemas salariais e de condições de trabalho

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Tratolixo
1º de Maio, problemas salariais e de condições de trabalho

 

Depois de terem vindo a público muitas queixas relativas aos maus cheiros provenientes da instalação da Tratolixo na Abrunheira, Mafra, a empresa é agora visada por reivindicações sindicais relacionadas com as comemorações do 1º de Maio, com alegadas más condições laborais e com a acusação de propiciar condições salariais que discriminam trabalhadores da empresa.

Relativamente às comemorações do 1º de Maio, que hoje se comemora, o STAL (Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins), ligado à CGTP, emitiu uma nota de imprensa onde se afirma que “45 anos após o 25 de Abril, Administração da Tratolixo retira faixas do 1° de Maio”, referindo depois “No passado dia 24 de Abril, por ordem do Conselho de Administração da Tratolixo foram retiradas as faixas alusivas à comemoração do 1º de Maio, dia do Trabalhador, colocadas pelos Delegados Sindicais da empresa”.

A partir daqui, aquele sindicato afirma que o acontecido representará “[…] bem a realidade vivida nesta empresa, onde sucessivamente os interesses e reivindicações daqueles são ignorados, sendo exemplo dessa realidade a suposta negociação de Acordo de Empresa que vem sendo adiada pela Administração de forma reiterada“.

Conclui aquela nota de imprensa, afirmando que “O Conselho de Administração da Tratolixo, EIM, S.A. tem procurado, de forma repetida, vedar uma livre e cabal actividade sindical por parte dos nossos Delegados Sindicais, não proporcionando as condições previstas na lei para o respectivo exercício, criando constrangimentos à divulgação de informações relativas à vida sindical e do interesse dos trabalhadores […]”

Embora sem que a saúde física dos trabalhadores tenha até aqui sido afetada, segundo referem fontes relacionadas com trabalhadores da Tratolixo, as condições de trabalho podiam ser melhoradas, mais a mais, tendo em consideração que o serviço prestado pela empresa se relaciona com tratamento de lixos e que a propriedade da empresa reside em órgãos do poder local.

As queixas que nos chegaram relacionam-se sobretudo com o refeitório (ver imagens), com as condições de exaustão de gases (ver imagens) em algumas áreas das instalações levando, nomeadamente, a deficientes condições de visibilidade. Referem ainda as nossas fontes, alegadamente, a existência de deficientes condições de higiene e de manutenção das condutas (ver imagens), dos pavimentos (ver imagens), das instalações sanitárias (ver imagens) e das saídas que conduzem ar fresco e respirável para o interior de determinadas instalações (ver imagens).

Finalmente, segundo  fontes ligadas aos trabalhadores contatadas pelo JM, a negociação do Acordo de Empresa terá vindo a ser sucessivamente protelada, existindo atualmente, referem essas fontes, trabalhadores da Tratolixo a desempenhar as mesmas funções mas com condições salariais diferentes, situação que resultará do facto de haver na empresa trabalhadores ligados à administração local e simultaneamente, trabalhadores contratados pela própria Tratolixo.

Estas disparidades salariais foram confirmadas ao Jornal de Mafra por um elemento da administração da empresa, durante uma visita recente que fizemos às instalações (ver aqui), fonte que, embora sem adiantar muito, afirmou haver necessidade encarar este problema com mais frontalidade.

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