Todos os meses até junho do próximo ano, num domingo de manhã, o programa “Passos em Volta” promovido pela Câmara Municipal de Torres Vedras, propõe a (re)descoberta do património torriense através de visitas-guiadas.
“Esplendor do Barroco” foi a primeira dessas visitas e teve lugar ontem pela manhã contando com a parceria da Associação para a Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras.
O Barroco, sendo considerada como a arte total, surgiu por volta do século XVII e caracteriza-se pela sua opulência, emoção e despertar dos sentidos. Poucos são os que não se impressionam com este estilo artístico, seja pela sua beleza ou simplesmente pela sua imponência. As suas curvas e contracurvas, juntamente com os seus contrastes de luz e cor, conseguem contar autênticas histórias. Seja na pintura, na escultura ou na arquitetura, a Arte Barroca distingue-se pela sua grandiosidade e monumentalidade [CMTV]
Uma vintena de pessoas juntaram-se a este périplo pelo património barroco de Torres Vedras, contando com a orientação e o saber do professor Joaquim Moedas Duarte e de Joana Santos Coelho, Joana Santos, Coordenadora do Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.
Bem sei que em Torres Vedras o Barroco não é especialmente esplendoroso, como no Porto, por exemplo. Ainda assim há sinais expressivos desse estilo artístico nos templos torrienses – retábulos de talha dourada e painéis de azulejos – que vale a pena olhar com mais atenção [Joaquim Moedas Duarte]
O caminho do barroco torriense iniciou-se pelo Convento e Igreja da Graça, seguindo-se as Igrejas da Misericórdia, de S. Pedro e de S. Tiago, e fez-se de muita talha dourada, de cenas da vida religiosa, mas também da vida profana, de belos painéis de azulejos e mesmo de algum mistério à volta do Mestre “P.M.P”.