A câmara de Torres Vedras alerta para o fato do “efeito das alterações climáticas (nomeadamente a redução da precipitação e o aumento da temperatura) favorecer o desenvolvimento de várias pragas, de entre as quais a processionária do pinheiro”. Sendo por isso “expectável que o problema da lagarta do pinheiro possa continuar a aumentar, não só no território do Concelho, mas também em todo o território nacional”, relembrando que essa expansão “poderá ter um impacto relevante no ambiente urbano e na saúde pública”.
Com vista a minimizar os problemas provocados pela lagarta do pinheiro em ambiente urbano, os serviços municipais “procederam recentemente à realização de tratamentos preventivos contra a mesma, por microinjeção, em cerca de 500 exemplares dispersos por vários espaços de uso público”.
A processionária do pinheiro (Thaumetopoea pityocampa) é um inseto desfolhador que parasita todas as espécies de Pinus e Cedrus, podendo provocar o enfraquecimento de árvores destas espécies. Tem o nome popular de processionária – nome que vem da palavra “procissão” – dado que numa fase do seu ciclo de vida (entre janeiro e maio) essa lagarta desce do seu ninho e desloca-se em fila indiana, à procura de um local para se enterrar. O contacto com os pelos urticantes desta lagarta poderá provocar o aparecimento de alterações no aparelho respiratório ou alergias em pessoas e animais, que se podem manifestar através de irritações na pele e olhos. Por essa razão, nunca se deve tocar numa lagarta processionária do pinheiro sem equipamento de proteção (luvas, máscara e óculos). Se existir contacto e se verificarem os referidos sintomas, sobretudo em crianças e animais, deve-se procurar um posto médico ou veterinário.
[Imagem: CMTV]