O projeto “Peixes Nativos” tem como principal objetivo “monitorizar anualmente, no final da época estival, espécies ameaçadas de peixes de água doce autóctones em rios intermitentes do centro do país”.
O projeto “Peixes Nativos” desenvolve ações de educação ambiental que consubstanciam a sua missão pedagógica, através de protocolos de parceria com os municípios localizados na sua área de implementação.
O município de Torres Vedras associou-se a este projeto desde a sua fase-piloto, projeto no qual estão também envolvidos os municípios de Mafra, Oeiras, Caldas da Rainha, Óbidos, Alenquer e Sintra.
No concelho de Torres Vedras desde 2018 que é efetuada a monitorização científica deste projeto, nos rios Sizandro e Alcabrichel, associada à preservação do ruivaco-do-Oeste (Achondrostoma occidentale), uma espécie de peixe nativo que está “criticamente em perigo”.
No âmbito pedagógico do projeto cerca de 125 alunos do 4.º ano de escolaridade das escolas do 1.º ciclo do ensino básico de Ramalhal e de Runa e do Centro Educativo do Maxial acompanharam técnicos do projeto a um rio próximo da sua escola, onde se envolveram nas “tarefas usuais de uma monitorização científica dos habitats fluviais e respetiva fauna piscícola”.
Depois da saída de campo estes alunos analisam os dados recolhidos e difundiram a mensagem recebida às restantes turmas da sua escola. Os alunos envolvidos ficam também incumbidos de “visitar periodicamente o curso de água próximo da escola com o kit “Peixes Nativos”, ficando responsáveis por reportar alguma situação anómala que detetem”.
Os alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário assistiram a palestras nas escolas. No seguimento de uma dessas palestras um grupo de quatro alunas do 8.º ano da Escola Básica 2,3 de São Gonçalo elaborou uma reportagem sobre a espécie ruivaco-do-Oeste, reportagem que foi distinguida com o 1.º lugar no concurso “Embaixadores pela Biodiversidade – Reportagens EmBio”.
O projeto “Peixes Nativos” foi lançado em novembro de 2017 e resulta de uma parceria estabelecida entre o ISPA – Instituto Universitário e a Águas do Tejo Atlântico, S.A., com o apoio institucional do MARE – Centro de Ciências do Mar e Ambiente, do Instituto para a Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), do Aquário Vasco da Gama e da Ciência Viva.
