O estudo da NOVA Information Management School sobre o novo Hospital do Oeste aponta para duas possíveis localizações:
- Nó de Campelos da A8, no concelho de Torres Vedras, considerando a relação entre o número de utentes e a distância
- Nó de Bombarral Sul da A8, tendo em conta a relação entre o número de utentes e o tempo de deslocação
A primeira fase do estudo foi hoje apresentada ao Conselho Intermunicipal da OesteCIM, abordando a localização e apresentando estas, como as duas melhores soluções para a edificação deste novo equipamento.
A segunda fase do estudo, com apresentação prevista para decorrer ainda em 2022, irá contemplar a caraterização das valências do equipamento hospitalar e a previsão de impacto local da sua construção.
O estudo da OesteCIM será entregue ao Governo, a quem cabe a decisão sobre a construção e localização do novo Hospital do Oeste.
Entretanto, Hélder Silva, Presidente da Câmara Municipal de Mafra, concelho que por vontade própria beneficia das vantagens de pertencer à Área Metropolitana de Lisboa e não à área dos municípios do Oeste (OesteCIM), declarou à Lusa que irá “lutar incessantemente” para para retirar do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) a população do concelho por este servida, caso o novo hospital para a região seja construído a norte de Torres Vedras e que “não quer mandar qualquer munícipe seu para o Bombarral, porque a ida [atual] para Torres Vedras já é altamente questionada, por representar um ‘andar para trás’”.
Tudo farei para que os meus 100 mil utentes drenem só para um hospital para o lado de Lisboa, o Beatriz Ângelo [Loures] ou outro, se o hospital for para norte de Torres Vedras [Hélder Silva, à Lusa]
Hélder Sousa Silva propôs, em alternativa, a construção de um novo hospital que sirva Mafra, Torres Vedras, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Cadaval, devendo na sua opinião, este novo hospital ficar situado junto ao nó da Enxara do Bispo, da autoestrada 8.
Parece ter assim começado mais uma guerra das capelinhas, como aquela que tem atrasado a construção do novo aeroporto de Lisboa, uma guerra em que os políticos se prevalecem da sua força, substituindo-se aos técnicos em decisões como o local de construção de aeroportos e de hospitais, acabando por encarecer a obra e impedindo as populações de usufruir atempadamente das novas infraestruturas.