Paulo Bento, ex-presidente do Partido Aliança levou na 2.ª feira passada à sessão da Assembleia Municipal de Torres Vedras, o tema da segurança no concelho de Torres Vedras.
“Se me perguntassem há uns meses, o que diferenciava Torres Vedras dos outros concelhos, eu diria com orgulho, que nós éramos um concelho seguro, onde as pessoas se podiam sentir à vontade para sair à noite, para sair sozinhos. Era um concelho seguro.”, disse Paulo Bento.
De acordo com Paulo Bento, nas últimas semanas, são muitos os assaltos a vivendas na zona do Sarge e mais recentemente, no Casal da Paródia, na freguesia de Santa Maria, São Pedro e Matacães.
Laura Rodrigues, Presidente da Câmara de Torres Vedras, afirmou que “estamos todos em alerta” para as questões de segurança no Sarge, referindo ainda, que a Câmara Municipal enviou um ofício à GNR, da qual ainda não obteve uma resposta direta por parte da GNR.
Por seu lado, David Lopes, presidente da junta de freguesia da cidade de Torres Vedras, foi contactado pelo comandante do posto territorial da GNR, Sargento ajudante Luís Reis, informando-o das diligências já tomadas pela GNR e garantindo “ que havia um reforço de patrulhamento no local”. O comandante terá ainda garantido que o número de ocorrências registadas pelos serviços da GNR “não era assim tão grande, quanto os moradores diziam”.
Na passada 5.ª feira, 25 de novembro, na sequência dos relatos de insegurança que têm sido relatados na localidade do Sarge, ocorreu uma reunião de moradores daquela localidade, daí resultando abaixo-assinado que contou com as assinaturas de 140 a 150 pessoas, documento que foi, entretanto, envaido à GNR, pela Junta de freguesia, com conhecimento à autarquia de Torres Vedras.
David Lopes referiu ainda que na reunião de 25 de novembro “foram conhecidos relatos concretos de vários moradores, sendo que alguns deles não tinham a devida correspondência junto das autoridades por falta de apresentação de queixa.”
Ontem, em reunião do executivo municipal, Laura Rodrigues referiu mais uma vez que até aquele momento a câmara não obteve resposta ao ofício enviado a GNR, tendo obtido algumas respostas através da junta de freguesia. Laura Rodrigues referiu também, que “da informação que passaram à junta de freguesia, o próprio comandante, na resposta que deu à junta, disse que tinha sido identificadao uma das pessoas que era provável estar ligada à onda de insegurança de que se fala no Sarge, e que essa pessoa estaria detida”, tendo acrescentado que, contudo, esta “não é nenhuma informação de caráter oficial da parte da GNR”.
Para amanhã, 2 de dezembro, está agendada uma nova reunião de moradores que contará coma presença do presidente da junta, um representante da câmara municipal, estando também as autoridades policiais convocadas para participar.