Torres Vedras | Homem que invadiu a câmara acusado pelo Ministério Público
No final de outubro do ano passado, um homem invadiu o edifício da Câmara de Torres Vedras “supostamente na posse de uma arma branca”. Deste incidente resultaram 4 feridos ligeiros, encaminhados para o Hospital de Torres Vedras (ver artigo).
Dos quatro feridos, dois apresentaram já queixa, e um ainda não terá formalizado a queixa (o que poderá fazer no prazo de 6 meses) e no caso do ferido restante foi o próprio Ministério Público que avançou com o processo.
No mesmo dia do incidente em Torres Vedras, o homem foi visto a ameaçar, com a mesma arma (uma catana), funcionários de um supermercado em Ferrel, Peniche, e em Santa Cruz.
O homem foi detido pela PSP, cerca de uma semana após o incidente (ver artigo).
Esta semana, o Ministério Público (MP) deduziu acusação, para “julgamento em tribunal coletivo, contra inimputável, por padecer de doença do foro psiquiátrico, com vista à aplicação de medida de segurança, estando o arguido sujeito à medida cautelar de privação da liberdade, em regime de internamento preventivo”.
O homem foi acusado da prática de crimes de introdução em lugar vedado ao público, de ofensa à integridade física qualificada, de ameaça agravada, de injúria agravada, dano, furto e de detenção de arma proibida.
Segundo o MP, resulta da acusação que “o arguido deslocou-se à Câmara Municipal de Torres Vedras, levando um objeto cortante, dirigiu-se ao interior dos serviços sem autorização e abordou a Chefe de Divisão do Património, que injuriou, ameaçou e agrediu. O arguido agrediu ainda mais três funcionários que vieram em auxílio da outra vítima, danificou uma porta, tendo abandonado o local.
Nesse mesmo dia dirigiu-se a Peniche, ao supermercado, sentou-se na esplanada e depois de dirigir umas palavras a um cidadão, foi ao seu veículo buscar o objeto cortante, desferiu um golpe que danificou o casaco do mesmo cidadão, subtraindo-lhe um baralho de cartas e um maço de tabaco.”.