Em cena no Teatro Armando Cortez, em Lisboa, “A Ultima noite do Capitão” é um monologo com Filipe Crawford, que fala sobre a condição de um actor em final de carreira, num incrível trabalho de máscara, uma obra prima de Commedia dell’arte.
Até 17 de Dezembro aos Domingos às 21h00.
Temos bilhetes duplos para lhe oferecer para as sessões das 21h00 dos dias 151, 22 e 29 de Outubro.
Envie, a partir deste momento, um email com o assunto “Quero assistir A Ultima noite do Capitão com o JM” para eventos@jornaldemafra.pt, indicando :
– Dia Pretendido: (dia 22 ou 29 de Outubro)
– O nome completo
– Localidade de residência
Os 1ºs 3 emails com que cumpram os requisitos indicados para cada um dos dias, receberão um bilhete duplo para assistir ao espectáculo.
1– A sessão de dia 15 foi cancelada
“A Ultima noite do Capitão”
Monologo com Filipe Crawford!
Sinopse
O retrato da vida de Francesco Andreini, cómico dell’arte, afastado das tábuas do palco e nostálgico dos anos de glória da comédia italiana dos finais do sec. XVI. Uma carta que escreve ao seu antigo mecenas é a chave que abre o álbum de recordações dos sucessos obtidos há mais de 400 anos. Num estilo muito próximo do “Canto do Cisne” de Tchecov, e do “El Canto de la Rana” de Sinisterra, de carácter histórico, mas, neste caso, passada nos inícios do sec. XVII em Itália, utilizando as máscaras de couro da Commedia e salvando do esquecimento monólogos exultantes e barrocos ditos pelo Capitão, recopiados do texto original de 1619 “Le Bravure di Capitano Spavento” criando deste modo uma adaptação de um dos livros mais sugestivos da Commedia dell’arte, livro que foi motivo de inspiração, plágio e veneração, entre os comediantes desde 1600 até hoje. A encenação é austera, sem recurso à música ou a efeitos de luz, transitando entre a tragédia e a comédia, entre a alegoria e a crua realidade, num registo de teatro intimista onde sobressai o relato pungente de Andreini, e a fantasia do Capitão, personagem que, segundo Julio Vélez-Sainz, seria o gérmen inspirador de Don Quixote de Cervantes.
Filipe Crawford é o intérprete desta versão portuguesa da peça de Cabezas, também ele comediante especialista na Commedia dell’Arte, que, com 60 anos assume a personagem de um velho ator que já foi famoso e se encontra agora esquecido e na miséria. Para além do interesse histórico e teatral da peça, que é uma lição de teatro, pretende-se com a sua temática alertar também para a precaridade trágica da vida dos artistas, muitas vezes condenados a um fim de vida votado ao esquecimento.