Segundo um relatório da Proteção Civil de Sintra, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) “prevê a remoção de 307 pinheiros (299 verdes e oito exemplares arbóreos secos), 30 cedros e 33 acácias [da Serra de Sintra]”.
“Trata-se de uma remoção maioritariamente de pinheiros que se encontram no fim do seu ciclo de vida, espécies que não se coadunam com os referidos ‘habitats’ de protecção e que actualmente criam ensombramento à regeneração de espécies autóctones”, nomeadamente de carvalhos e medronheiros”.
Este corte de árvores irá ocorrer numa faixa de “1,7 quilómetros na Estrada Nacional (EN) 9-1 e de 364 metros na estrada florestal entre a Malveira e o cruzamento da Portela” e pretende “criar uma faixa de segurança na vertente sul da serra de Sintra”, vertente na qual, no ano passado, se registou o maior número de “pontos de ignição”, tendo ardido 500 metros quadrados de área florestal.
Neste relatório propõe-se ao ICNF que “a área ardida no ano passado seja requalificada com novas plantações de cerca de 200 espécies autóctones até ao inverno de 2019”.
Este abate de árvores na Serra de Sintra irá atenuar o risco de incêndio, mas não dispensa um “programa de manutenção regular, anual”.
O movimento de cidadãos Q Sintra considera que o corte de árvores “não diminuirá o risco de incêndios” e que, pelo contrário, poderá “aumentá-lo, secando os solos e abrindo caminho para espécies invasoras”.