Secretário de Estado da Saúde e Diretora Geral de Saúde em declarações exclusivas ao Jornal de Mafra

À margem de um evento onde estivemos presentes, o Jornal de Mafra ouviu hoje, em declarações exclusivas, a Diretora Geral de Saúde, Graça Freitas e o Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.

Da senhora Diretora Geral de Saúde quisemos saber se os números hoje divulgados já refletiriam o esforço de rigor que permitirá acertar os números da Direção Geral de Saúde e aqueles que são divulgados pelos concelhos.

“A última informação que tenho, é que isso acontecerá. Se isso não acontecer, é porque nas validações ainda se encontrou alguma discrepância e tentaremos, com todo o cuidado e com toda a segurança, tentar incluir os concelhos”

“Estas discrepâncias locais não devem ser motivo de crispação entre nós, bem pelo contrário, devem ser motivo de diálogo”  [Graça Freitas, Diretora Geral de Saúde]

A propósito destas discrepâncias, Graça Freitas acrescentou que, “as pequenas diferenças não significam nada de dramático. Significam, muitas vezes, que a nível do concelho, é possível captar a informação mais rapidamente, podendo também significar que uma pessoa que tem no nosso registo de utente do serviço nacional de saúde, uma morada num determinado lugar, na realidade já não mora nesse local. Estas são as razões destes acertos. Estas discrepâncias locais não devem ser motivo de crispação entre nós, bem pelo contrário, devem ser motivo de diálogo. O que é importante é que ao nível local, se identifiquem doente, E se tratem e se isolem

O que tentamos fazer agora, nesta melhoria é ter um número único de utente e fazer com que as máquinas consigam fazer esse cruzamento com maior rapidez”  [Graça Freitas, Diretora Geral de Saúde]

Perguntámos também, se estes procedimentos de recolha de dados não deviam estar já consolidados e baseados em procedimentos padronizados, a nível internacional e a nível nacional. Graça Freitas referiu, a este propósito, que “os procedimentos estavam consolidados, mas criámos agora um número de utente, mesmo para quem não é cidadão nacional e só está de passagem. Imagine que este doente é visto por dois médicos, acaba por contar duas vezes e isso não pode acontecer, o que nos obriga a cruzar informação pelo seu nome ou ela data de nascimento, dilatando o processo. O que tentamos fazer agora, nesta melhoria é ter um número único de utente e fazer com que as máquinas consigam fazer esse cruzamento com maior rapidez”.

Na verdade, o mundo nunca está preparado para coisas desta dimensão. Isto foi demasiado grande. É como um tremor de terra, se tiver uma grande dimensão, se for enorme, dificilmente se está preparado“.

Do Secretário de Estado da Saúde, quisemos saber que interpretação fazia das declarações do Presidente Hélder Silva, referentes ao alargamento, da divulgação das moradas dos doentes confirmados e dos suspeitos de covid-19, aos presidentes de junta.

António Lacerda Sales optou por alguma prudência institucional, tendo referido que “o nível da privacidade dos dados está garantido através das autoridades locais de saúde. Em casos excecionais, quando é necessária uma rede de suporte social para servir pessoas que necessitem de apoio social, ou que lhes levem medicamentos ou compras, os dados são fornecidos às forças de segurança e estas, se o entenderem, transmitem-nos aos respetivos autarcas, que estão em proximidade, de modo a que seja possível levar as compras, os medicamentos e tudo aquilo que é necessário“.

As autoridades locais de saúde só devem passar dados às forças de segurança, que depois, de acordo com as necessidades, fazem deles aquilo que é melhor para essas pessoas, para que com o apoio dos autarcas, seja possível dar suporte a essa rede social [Secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales]

“Mas ao nível das autoridades de saúde locais, regionais e nacionais, essa confidencialidade é obviamente assegurada. As autoridades locais de saúde só devem passar dados às forças de segurança, que depois, de acordo com as necessidades, fazem deles aquilo que é melhor para essas pessoas, para que com o apoio dos autarcas, seja possível dar suporte a essa rede social”.

Cada um deve desempenhar o seu papel o melhor que pode e o melhor que deve e a quem compete assegurar esses confinamentos é às autoridades de segurança, é às forças de segurança, mas é às entidades de segurança que as entidades de saúde podem e devem entregar essas dados, porque é a elas que cabe a questão do confinamento e a segurança das pessoas”.

 

O Jornal de Mafra aproveitou o facto de estar em presença do Secretário de Estado da Saúde, para o sensibilizar, relativamente à necessidade de os delegados de saúde responderem às questões colocadas pelos órgãos de comunicação social, algo que não tem acontecido, nem com a delegada de saúde de Mafra, nem com o delegado de saúde do ACES Oeste Sul.

 


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