No dia 15 de dezembro, a Divisão de Investigação Criminal do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP desenvolveu uma operação policial, nos distritos de Lisboa e Setúbal, que “visou a execução de 6 Mandados de Detenção, 8 Buscas Domiciliárias e dezenas de buscas não domiciliárias”, por “factos suscetíveis de configurar os crimes de Associação Criminosa, Furto Qualificado, Recetação, Fraude Fiscal, Falsificação de Documentos e Branqueamento de Capitais”.
A investigação permitiu “indiciar um grupo de suspeitos que se dedicava ao furto e à recetação de catalisadores furtados e que constituía um nível de recetação intermédia e final, uma vez que os catalisadores furtados eram entregues em empresas responsáveis pelo processamento e venda dos metais preciosos que compõem este tipo de componente automóvel”.
As empresas visadas “recebiam catalisadores furtados de diversos locais do país e, após o devido processamento, exportavam toneladas de catalisadores já triturados, obtendo assim lucros avultados de quantias monetárias”. Estas empresas para “além da atividade económica lícita, na recolha e tratamento de resíduos, possuíam um mercado paralelo ilícito”.
Durante a operação, a PSP apreendeu:
- 546.000,00 € (quinhentos e quarenta e seis mil euros) em numerário
- 68 placas prensadas de metais preciosos provenientes do processamento de catalisadores, avaliadas em 100.000,00€ (cem mil euros)
- Dois revólveres de calibre 32 e respetivas munições
- Uma pistola de calibre 6,35 mm e respetivas munições
- Vários cartuchos de calibre 12
- Duas armas de airsoft
- Três automóveis de gama alta
- Vários catalisadores furtados
- Ferramentas utilizadas para o furto de catalisadores
- Vários telemóveis e material informático
- Diversa documentação relativa à prática ilícita de transações comerciais de metais preciosos com relevância para a investigação.
Além do material apreendido, no decorrer da operação foi ainda possível deter com mandados de detenção emitidos por Autoridade Judiciária, seis indivíduos com idades compreendidas entre os 23 e os 43 anos, entre eles, um dos responsáveis de uma das empresas visada na investigação.
O Comando Metropolitano da PSP de Lisboa refere que irá dar “continuidade a investigações criminais, no sentido de apresentar mais suspeitos perante as autoridades judiciais, de forma a garantir as medidas de prevenção necessárias ao fortalecimento do sentimento de segurança das populações em geral, bem como das vítimas de este tipo de crimes”.
[Imagem: PSP]