Plataforma rochosa da Ericeira identificada como zona importante a preservar

 

Terminou na passada 4.ª feira, 12 de outubro, a Expedição Oceano Azul Cascais/Mafra/Sintra, que teve como objetivo “conhecer e proteger o património natural do país”, com vista a responder às ”políticas nacionais, europeias e internacionais de proteção e gestão sustentável do oceano”.

Durante os 12 dias de trabalho de campo foram percorridas 630 milhas (374 milhas percorridas pelo navio Santa Maria Manuela e  256 milhas pelos barcos de apoio), realizados 270 mergulhos, entre eles 154 científicos, que permitiram realizar várias amostragens ao longo dos 60 km de costa em estudo.

A expedição, desenvolvida a partir do navio Santa Maria Manuela, envolveu 58 investigadores, que contaram com o apoio de 17 pescadores com 5 embarcações, envolvendo um total de 150 participantes.

Ao longo dos 12 dias foram descobertos ‘habitats’ como jardins de coral, campos de esponjas, florestas de kelp e recifes de sabelária, e identificadas espécies de aves (algumas altamente ameaçadas), mamíferos marinhos (golfinhos-comuns e roazes), 50 espécies de peixes (entre elas atuns, lírios e canários-do-mar) e 30 espécies de macroalgas.

Não foram detetados grandes predadores, como tubarões ou meros.

O Oceanário de Lisboa recebeu uma sessão em que se apresentaram os primeiros resultados, e na qual foi revelado que a expedição identificou as regiões marinhas da montanha de Camões, Cabo da Roca, a plataforma rochosa da Ericeira, e entre o Cabo Raso e a costa sul de Cascais como “zonas importantes a preservar”.

A expedição dará origem a um documentário, que estará pronto entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Altura em que também deverá estar disponível o relatório científico da expedição.

Organizada pela Fundação Oceano Azul e pelos municípios de Cascais, Mafra e Sintra, a expedição contou com o apoio do governo português.

A Expedição Oceano Azul Cascais | Mafra | Sintra em números:
– 58 investigadores
– 17 pescadores com 5 embarcações de 4 associações – 248 h de trabalho
– 270 mergulhos, dos quais 154 mergulhos científicos
– Cerca de 50 km de costa
– Mais de 600 milhas (965,61 km) percorridas
– Profundidade máxima (ROV): ~96 m, Montanha de Camões

[Imagens: OA]

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One Thought to “Plataforma rochosa da Ericeira identificada como zona importante a preservar”

  1. Dada a riqueza da vida aquática na região e sua identificação, é deveras importante preservá~la.

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