O Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária (PJ) em articulação com a direção do Estabelecimento Prisional (EP) de Leiria desenvolveu uma investigação nos últimos meses visando desarticular uma estrutura criminosa organizada que se dedicava à prática de tráfico de estupefacientes, de e para o interior daquela unidade prisional.
A investigação permitiu “identificar um conjunto de indivíduos integrantes desta estrutura, composta por reclusos, seus familiares, terceiros e uma funcionária de uma empresa que prestava serviços de fornecimento de alimentação ao EP”.
Foram desencadeadas ações policiais nos meses de junho e julho, nas cidades de Leiria e Torres Vedras que permitiram proceder à detenção em flagrante e fora de flagrante delito de 8 indivíduos (5 homens e 3 mulheres) que segundo a PJ “a partir do exterior, atuam sob determinação e organização dos reclusos e por forma a introduzirem haxixe no EP, bem como telemóveis”.
Ainda segundo a PJ, nas diversas ações policiais de investigação e recolha de prova foi “possível intercetar dois destes abastecimentos” tendo sido apreendidos “relevantes elementos probatórios, nomeadamente, um total superior a um quilo de haxixe, treze aparelhos de telemóvel, cerca de 2.500,00 euros em notas, uma viatura automóvel”.
A introdução do estupefaciente e de telemóveis no EP ”passava, essencialmente” por uma funcionária externa da cadeia que “dissimulava a droga no interior do corpo e assim lograva contornar os sistemas de segurança da cadeia”.