Há alguns anos já, que a utilização de glifosato (um herbicida de ampla utilização, o mais utilizado em espaços públicos pelas câmaras municipais) tem estado envolvida em polémica, em função dos danos que poderá causar à vida humana, nomeadamente, no que se relaciona com a sua alegada influência na oncogénese (capacidade de desencadear o desenvolvimento e cancros no ser humano).
Já trouxemos este tema, por várias vezes, às páginas do Jornal de Mafra. A utilização de glifosato em espaços públicos, por parte da Câmara Municipal de Mafra, foi já alvo de discussão na Assembleia Municipal, tendo sido sempre rejeitadas as iniciativas que advogavam a necessidade de por fim a esta prática.
Os estudos relativos à toxicidade deste produto têm apresentado resultados contraditórios, sendo esta uma das razões que têm levado as autoridades europeias e nacionais, a não retirarem a autorização de comercialização do produto. No entanto, a recente condenação da Monsanto (adquirida entretanto pela Bayer) nos Estados Unidos, companhia produtora e comercializadora do glifosato (Roundup), veio levantar novamente a questão da utilização do produto a nível global.
“Monsanto condenada a pagar indemnização milionária por causa de cancro causado por glifosato Indemnização para homem diagnosticado com cancro depois de usar o herbicida durante anos ascende a 250 milhões de euros.” [Público]
Talvez influenciada por este novo desenvolvimento, foi recentemente criada uma petição dirigida à Câmara Municipal de Mafra, no sentido de esta deixar de utilizar glifosato em espaços públicos. Esta petição termina assim:
“A sustentabilidade do planeta Terra e as doenças ligadas ao meio ambiente são o grande desafio vital e ético da humanidade e da medicina. Não queremos as nossas ruas pulverizadas com produtos químicos!“
Esta petição pode ser subscrita aqui, tendo sido já subscrita até ao momento, por cerca de 200 pessoas.