Em junho, o líder do PAN na Assembleia da república irá abandonar a liderança daquela força política, abandonando simultaneamente o seu lugar de deputado.
André Silva que passou seis anos no Parlamento e mais um como porta-voz do PAN deverá concretizar esta saída da vida política ativa, no congresso do PAN que terá lugar a 5 e 6 de junho.
Foi ele que liderou o Partido Pessoas-Animais-Natureza desde que este se começou a ter voz ativa no país, entrando na Assembleia da república aí propondo diplomas que alteraram o modo como a lei e a sociedade portuguesa olha para os animais, o estatuto jurídico dos animais, a criminalização dos maus-tratos exercidos sobre eles, o fim dos abates nos canis e a opção vegetariana nas escolas, foram algumas das iniciativas que o PAN viu adotar pelo parlamento.
Tanto quanto André Silva comunicou por email aos militantes do PAN, o seu abandono da vida política ativa, ficar-se-á a dever ao facto de pretender “apanhar o comboio da paternidade” e também por desejar “equilibrar a vida pessoal e familiar com a vida profissional”, defendendo ainda, que “as pessoas não devem eternizar-se nos cargos”.
Por sua vez, Inês Sousa Real, atual líder parlamentar do PAN, afirmou que encara com naturalidade a decisão de André Silva considerando-a “natural dentro dos princípios do partido”, “um partido que tem como princípio não perpetuar mandatos”, cabendo agora ao congresso aprovar uma nova liderança para o PAN.
Na Assembleia, Nelson Silva será o deputado que substituirá o atual líder, a partir do momento em que se concretizar o abandono de André Silva.
A confirmarem-se os acontecimentos agora anunciados, André Silva e o PAN darão ao país uma lição de democracia, de ética republicana e de cidadania.
[Na imagem, André Silva em setembro de 2017, na companhia de Rui Prudêncio, numa visita à Adoromimos, uma Associação de Defesa e Protecção Animal do concelho de Mafra]