Opinião Política | Nuno Almeida Carvalho [CH] – Está na hora de perder o medo de mudança

NUNO ALMEIDA CARVALHO

Opinião Política | Nuno Almeida Carvalho [CH] – Está na hora de perder o medo de mudança

 

Da Região Autónoma dos Açores vieram os primeiros indicadores de um provável desfecho das legislativas que se aproximam. Bem sabemos que o contexto é outro, que a realidade é diferente, mas não podemos deixar de constatar que o CHEGA viu aumentar a sua representatividade em 150%. Sim, passou de 2 para 5 deputados regionais. Se me perguntam se eu esperava tal resultado, a resposta é sim. Não tive o prazer de me deslocar aos Açores para participar da campanha eleitoral, mas estive sempre informado. Acompanhei à distância e sempre tive confiança que os resultados seriam bons.

Agora aproxima-se uma nova etapa: 10 de março. Vamos a jogo com uma equipa que junta os 12 deputados que estiveram presentes nesta legislatura a muitas outras caras novas. De ilustres desconhecidos a alguns mais conhecidos destas lides político-partidárias, mas com o mesmo foco: Portugal e os portugueses. Pelo distrito de Lisboa vamos apresentar 48 nomes — e eu, com muito orgulho, serei um deles, em representação da nossa terra.

Começaram as apresentações de programas, de candidatos, de slogans e de cartazes. E começou da pior forma, com as tristes imagens de vandalização, pelo fogo, de um outdoor nosso em Lisboa. Mas também, e ainda esta semana, no nosso concelho, tivemos um outdoor vandalizado. Já anteriormente alguns pendões nossos foram «removidos». Pergunto-me quem serão os inimigos da diversidade, da democracia e da tolerância que estarão por detrás destes atos puníveis por lei. Cómico que os outdoors ao lado do nosso estavam intactos… Vamos ver o que se segue. Também nos chegam queixas de pressões nos locais de trabalho para orientações de voto. E não nos interessa se para este ou aquele partido. A nós interessa a liberdade do indivíduo para que este vote de acordo com a sua consciência. O vosso empregador, seja público ou privado, nunca saberá em quem votaram. O voto é secreto, ignorem quem lhes diz que se pode saber — isso é falso. Quem diz isso são aqueles que muitas vezes nos acusa — ao CHEGA–, de ser contra a democracia. Esses são aqueles que nós queremos fora do nosso panorama político, esses são os que nada trazem de construtivo para o nosso futuro. Esses são aqueles que combatemos e que se atemorizam com o nosso crescimento.

O CHEGA quer combater a abstenção e lutar para que o cidadão deixe de estar de costas voltadas para a política, seja esta nacional ou local. Para isso vamos promover a participação cívica e aproximar os cidadãos dos centros decisórios. Queremos promover uma maior transparência no que respeita ao financiamento dos partidos políticos, começando pela extinção da isenção do IMI aos mesmos. Se os cidadãos e as empresas o pagam, porque são isentos os partidos? Não faz sentido.

Vamos lutar por reduzir a burocracia que age como lastro para o investimento. Propiciar um modelo económico onde o público e o privado possam conviver de uma forma sã, de uma forma em que saia sempre beneficiado o cidadão. Temos de fomentar o empreendedorismo e apoiar as economias locais. Elas são o motor do nosso País, são elas que fixam pessoas, que sabem o que queremos em lugar de nos dizer o que devemos querer. O País tem de crescer de forma igual, de Norte a Sul, do litoral ao interior, não podem existir portugueses de primeira e portugueses de segunda. Isso não queremos, e se apelamos ao voto de todos é porque achamos que todos são válidos.

 

Mafra, 7 de fevereiro de 2024.

O Presidente Concelhio do CHEGA, Nuno Almeida Carvalho.

As opiniões expressas neste artigo são da responsabilidade exclusiva do autor

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