O Conclave e os portugueses que podem vir a ser Papa
Depois da morte do Papa Francisco no passado 21 de abril é necessário eleger o novo Papa.
Ontem, dia 28 da abril, os 180 cardeais reunidos na quinta Congregação Geral no Vaticano escolheram o dia 7 de maio como a data de início do Conclave.
Segundo o Vaticano, “de acordo com a Constituição, o Conclave – do latim cum clave, que significa fechado à chave — começa entre o 15º e o 20º dia após a morte do Papa, depois dos Novendiali, os 9 dias de celebrações em sufrágio do Pontífice falecido”.
Assim, no dia 7 de maio, após a missa “pro eligendo Pontifice”, seguir-se-á a procissão dos cardeais eleitores, com menos de 80 anos, até a Capela Sistina, onde ficarão isolados do resto do mundo até que haja fumaça branca e ocorra o tradicional anúncio do “Habemus Papam”.
Para eleger o novo papa será necessária uma maioria qualificada de dois terços. Durante o conclave haverá quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde. Depois da 33.ª ou 34.ª votação haverá um segundo turno direto e obrigatório entre os dois cardeais que receberam mais votos na última votação, sendo, no entanto, necessária uma maioria de dois terços para apurar o novo Papa. Se os votos para um candidato atingirem dois terços dos eleitores, a eleição do Papa será canonicamente válida.
Entre os 135 cardeais eleitores encontram-se 4 portugueses. São eles:
- António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima
- Américo Aguiar, bispo de Setúbal
- Manuel Clemente, cardeal-patriarca emérito de Lisboa
- Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação.
Segundo dados do Vaticano, os 10 países com mais eleitores são a Itália (17 cardeais), EUA (10), Brasil (7), França e Espanha (5 cada), Argentina, Canadá, Índia, Polónia e Portugal (4 cada), num total de 64 cardeais (47% do total).