A Associação ZERO analisou os resultados relativos à qualidade das águas balneares na presente época balnear e concluiu que até 15 de agosto, 20 praias já estiveram interditas e 45 praias já tiveram banho desaconselhado ou proibido.
Nas 45 praias (+20 que em 2020), o desaconselhamento ou proibição de banhos deveu-se ao fato das “análises ultrapassaram os limites fixados tecnicamente a nível nacional relativamente a pelo menos um dos dois parâmetros microbiológicos que são avaliados (Escherichia coli e Enterococus intestinais)”.
Até 15 de agosto foram interditadas 20 praias (+5 que em 2020), sendo oito interiores e doze costeiras, uma delas foi a Praia do Sul ou da Baleia, na Ericeira.
A interdição nas zonas balneares interiores deveu-se, num dos casos, a “problema de contaminação microbiológica associada a valores excessivos de Escherichia coli e Enterococus intestinais” tendo as restantes sido interditadas devido à presença de Salmonella, um microrganismo patogénico”.
Das 12 praias costeiras que foram interditadas:
– 2 por motivos de obras de requalificação com impacte na qualidade da água
– 1 devido ao rebentamento de uma conduta de esgotos
– 9 por ultrapassagem do valor limite em pelo menos um dos dois parâmetros microbiológicos que são avaliados (Escherichia coli e Enterococus intestinais)
13 das 20 praias que onde foram desaconselhados ou interditados os banhos são praias que com a classificação de Excelente, “devendo, portanto, tratar-se de episódios esporádicos, que no contexto da legislação, até podem não pôr em causa a sua qualidade, mas que devem ter as suas causas devidamente averiguadas”, afirma a Associação ZERO.
A ZERO considera ainda, que existem “falhas na informação no sítio internet da Agência Portuguesa do Ambiente dado que não se esclarece devidamente os motivos de interdição das zonas balneares e nos procedimentos por parte dos Delegados Regionais de Saúde, existindo situações de contaminação semelhantes onde nuns casos a praia foi interditada até realização de novas análises e noutros não”.