Nas eleições do próximo domingo o eleitor pode votar em qualquer mesa de voto do país
No próximo domingo, 9 de junho, dia das eleições para o Parlamento Europeu, pela primeira vez, os eleitores portugueses poderão votar em qualquer parte do país, sem ter de informar previamente ou fazer qualquer inscrição, bastando ir a uma das 13.500 mesas de voto disponíveis em todo o país, identificar-se e votar.
Segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o voto em mobilidade é a grande novidade deste ato eleitoral, sendo apenas possível graças à desmaterialização dos cadernos eleitorais.
O ex-Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou que esta medida, parte de um regime excecional aprovado para reduzir a abstenção, elimina a necessidade de inscrição prévia e permite a votação em mobilidade, tanto no território nacional quanto no estrangeiro — a votação no estrangeiro é feita na véspera, a 8 de junho.
A desmaterialização dos cadernos eleitorais envolveu um investimento de 48 milhões de euros, dos quais 16,5 milhões de euros destinados aos equipamentos e serviços de suporte e aos cadernos desmaterializados, englobando toda a infraestrutura tecnológica e informática, e a aquisição de cerca de 29.000 computadores.
A atual ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, assegurou que “há um plano B para o caso de algo correr mal”, acrescentando que “os técnicos e todos aqueles que estão a trabalhar nesta eleição estão preparados e têm planos B”, que “podem entrar de imediato em vigor e, portanto, as pessoas podem votar”.
Margarida Blasco assegurou ainda que a partir do momento em que alguém vota “fica completamente bloqueado”, não havendo a “possibilidade mínima de votar duas vezes”.