Qual a melhor solução para o aquecimento da casa?
Ontem, Portugal continental foi atingido por uma massa de ar polar, com as temperaturas a atingir valores negativos, principalmente no norte e centro do país.
Nestes dias e noites mais frias, a necessidade de recorrer a soluções para aquecer as casas torna-se ainda maior do que no resto do inverno.
As casas em Portugal pecam por terem janelas ineficientes e/ou construções com baixos níveis de isolamento térmico, levando a gastos muito mais elevados no aquecimento das casas.
A DECO ProTeste refere que “a melhor forma de manter uma temperatura confortável em casa á atuar ao nível da envolvente do edifício, optando por janelas mais eficientes ou por reforçar o isolamento térmico da casa”. Não sendo isso possível “para reduzir as necessidades de energia e manter o interior confortável, é fundamental escolher um sistema de aquecimento eficiente, com custos energéticos mais reduzidos, e cuja utilização se traduza em menores emissões de CO2”.
O melhor sistema para o aquecimento da casa depende sobretudo do tipo de habitação e das reais necessidades de climatização da mesma ao longo de todo o ano.
A DECO analisou as várias possibilidades de aquecimento da casa e refere que “com ar condicionado, ao fim de um ano, pode poupar mais de 100 euros e reduzir bastante o impacto no ambiente”. Mas se o ar condicionado não é opção, prefira “os termoventiladores e os convectores”.
A forma de aquecimento mais procuradas pelos consumidores são os aquecedores portáteis (onde se incluem os termoventiladores, os convectores, os emissores e os radiadores a óleo) uma vez que são mais baratas. Esta opção acaba por “aumentar a fatura da eletricidade, e o seu uso apresenta uma pegada ambiental (emissões de CO2) muito significativa”.
Estes aparelhos são rápidos a proporcionar uma sensação de conforto, sobretudo a quem estiver próximo deles.
Comparando o consumo dos termoventiladores com o ar condicionado e com a salamandra a pellets ao longo de um ano, nos cinco meses mais frios (novembro a março) verifica-se que a poupança é mais eficiente, com o ar condicionado ou com a salamandra a pellets.
Para conseguir a mesma quantidade de calor:
- uma salamandra a pellets permite poupar 96 euros, por ano, face ao termoventilador.
- no caso do ar condicionado, a poupança sobe para 110 euros anuais.
Para os cálculos, a Deco considerou um custo de 19 cêntimos por kWh de energia elétrica e, no caso dos pellets, 6 cêntimos por kWh. Um saco de 15 quilos de pellets custa cerca de 5 euros.
Quanto às emissões de CO₂ associadas, o ar condicionando garante uma redução de 206 quilos de CO₂ anuais face ao termoventilador. Já a salamandra tem emissões neutras porque se considera que o CO₂ libertado na queima dos pellets é recuperado pelas árvores durante o seu ciclo de vida.
“Nos cálculos, assumiu-se, como ponto de partida, a utilização de um termoventilador durante quatro horas por dia, 5 dias por semana. Tendo em conta o calor fornecido por este equipamento, verificou-se qual seria o consumo de um ar condicionado ou de uma salamandra a pellets para garantir a mesma quantidade de calor. Como o ar condicionado e a salamandra têm uma capacidade de aquecimento superior, não necessitam de funcionar as quatro horas para o efeito.”
Assim, e apesar dos custos de aquisição mais elevados, “quanto maior for a necessidade de aquecimento em casa, mais compensa a utilização do ar condicionado ou da salamandra a pellets”, a “médio e a longo prazo, a poupança em energia acaba por pagar o investimento adicional”.
O ar condicionado, tem ainda a vantagem de arrefecer a casa no verão.