De acordo com a organização, o Sintra Jazz 2021 é um festival que “tem como principais objectivos a divulgação desta expressão musical no Concelho, assim como dar a conhecer ao público local (e não só) parte dos músicos e da excelente Música Jazz que atualmente se faz em Portugal”.
O festival vai acontecer ao longo do próximo fim de semana, de 17 a 19 de setembro, no Cento Cultural Olga Cadaval contando com 5 concertos.
O programa completo do festival é o seguinte:
17 de setembro
20h30 – Maria João & Carlos Bica Quartet (PT)
Maria João – voz | Carlos Bica – contrabaixo | João Farinha – piano, teclados | Gonçalo Neto – guitarra
Os concertos resultam de uma colaboração entre Maria João e Carlos Bica, dois nomes incontornáveis do jazz português que remonta à década de 80, formando história ao longo de 10 anos a trabalharem juntos. Voltam agora a reunir-se com a cumplicidade de André Santos (guitarra) e João Farinha (teclas), dois talentosos músicos de uma nova geração, para em palco partilharem canções do mundo.
Para quem aprecia esta expressão musical, esta é a oportunidade de ouvir Maria João, cantora possuidora de um estilo único, nomeada pelo público e pela crítica “uma voz levada às últimas consequências”, e de assistir à engenhosa confluência de estilos e influências habilmente absorvidos e processados por Carlos Bica.
21h30 – João Paulo Esteves da Silva “Brightbird Trio” (PT/Sui)
João Paulo Esteves da Silva – piano | Mário Franco – contrabaixo | Samuel Rohrer – bateria
João Paulo Esteves da Silva, Mário Franco e Samuel Rohrer combinam todas aquelas qualidades que costumam garantir o êxito deste formato de jazz “clássico”, com um pé na música de câmara: um entendimento intuitivo, a fluidez e transparência da comunicação entre os músicos, as suas ações e reações, sequências solísticas que prolongam a fluidez do som e a cultura e nobreza musical. O trio não se define pela alegria ou melancolia melódica ou pela busca pura de harmonia. A sua procura desenvolve-se na abertura à improvisação, dispensando intenções banais para as suas peças e composições. Transforma aquilo que encontra em imagens sonoras concisas, que mantêm o rigor e a concentração, não se rebelando sob os dedos dos músicos.
18 de setembro
20h30 – Mário Laginha “Piano Solo” (PT)
A sua “casa” é o jazz, mas recusa encerrar-se lá dentro. Na sua música podemos encontrar um pouco de quase tudo, porque não fecha as portas a quase nada. Mário Laginha procura em vários lugares o material para construir o seu próprio universo musical. Muito mais do que misturas, há assimilação. O que se pode ouvir, no final, é… música.
Com uma carreira de mais de três décadas, Mário Laginha é habitualmente conotado com o mundo do jazz. Mas o universo musical que foi construindo é mais vasto, passando por sonoridades brasileiras, indianas, africanas, pela pop e o rock, e pelas bases clássicas que presidiram à sua formação.
21h30 – Coreto Porta-Jazz (PT)
João Pedro Brandão – saxofone alto, flauta, composição | José Pedro Coelho, Hugo Ciríaco – saxofone tenor | Rui Teixeira – saxofone barítono | Ricardo Formoso, Susana Santos Silva – trompete | Andreia Santos, Daniel Dias – trombone | AP – guitarra | Hugo Raro – piano | José Carlos Barbosa – contrabaixo | José Marrucho – bateria
O grupo tem 4 álbuns editados, reconhecidos pela crítica nacional e internacional, para além de repertório escrito por vários compositores propositadamente para o ensemble, como são o caso de Ohad Talmor, Torbjorn Zetterberg, Nuno Trocado, João Grilo, ou João Mortágua.
Neste projecto, com nova música de João Pedro Brandão, o Coreto vagueia entre a música escrita e improvisada, procurando espaços para cada um dos músicos, realçando as suas vozes individuais e criando ambientes em que as suas afinidades são cruciais.
19 de setembro
17h00 – Orquestra de Jazz do Hot Clube De Portugal com Julian Argüelles (PT/UK)
Luís Cunha – Direção | Julian Argüelles (solista convidado) – saxofone tenor | Lars Arens, André Ribeiro, Claus Nymark – trombone | Gonçalo Marques, Tomás Pimentel, Johannes Krieger, Micael Pereira – trompete | Tomás Marques, Mateja Dolsak – saxofone alto | César Cardoso, João Capinha – saxofone tenor |Paulo Gaspar – saxofone, barítono, clarinete |Óscar Graça – piano |João Fragoso – contrabaixo | Pedro Felgar – bateria
A Orquestra de Jazz do Hot Clube de Portugal (OJHCP) surgiu em 1991 reunindo alguns dos mais conceituados músicos de jazz nacionais.
Neste concerto no Sintra Jazz 2021, dedicado à música de Duke Ellington, serão apresentados temas dos anos 1930 a 1950, períodos contrastantes na obra do compositor. Billy Strayhorn será também um nome em destaque. Muita desta música resulta da colaboração direta entre Ellington e Strayhorn. Entre melodias mais conhecidos e algumas “pérolas” escondidas, haverá espaço para uma grande variedade estilística, com música detalhada, mas também improvisação, nomeadamente por parte do saxofonista britânico Julian Argüelles, convidado especial deste concerto.
Nos dias 17 e 18 os concertos são duplos possibilitando assim que na mesma sessão sejam apresentados diferentes projetos. Estes concertos têm uma duração de cerca de 45 minutos/cada, sem intervalo (com 15 minutos para mudanças de cena).
O Festival de Jazz de Sintra 2021 ocorre entre 17 a 19 de setembro, no Cento Cultural Olga Cadaval integrando a programação do município de Sintra para o projeto cultural metropolitano Mural 18.
Bilhetes e informações em festivaljazz.sintra.pt
[Imagens: Festival Jazz Sintra / Montagem de capa: Jornal de Mafra]