Quando as tropas francesas chegaram a Mafra já a família real estava a caminho do Brasil.
Estando o Palácio fechado, os militares bateram à porta dos frades – restavam 20 dos 300 que por aqui habitaram – para pedir que estes lhe abrissem a porta. Quando o franciscano respondeu ao militar que não tinham a chave, o militar bofeteou o frade, que reza a lenda, lhe terá oferecido a outra face.
Com chave ou sem elas, os franceses invadiram o Paço Real de Mafra e durante aproximadamente 9 meses, entre 8 de dezembro de 1807 e agosto de 1808, o Palácio Nacional de Mafra foi o quartel-general da 2ª Divisão do Exército francês liderado pelo General Luison, conhecido como o “maneta”.
Parte do exército que ficou em Mafra ocupou o Palácio e os oficiais ocuparam algumas casas da vila, enquanto o resto de exército se dirigiu para Peniche e Torres Vedras.
Esta manhã, no âmbito das comemorações do Dia Nacional das Linhas de Torres, , um “frade” franciscano guiou um grupo de cerca de 20 pessoas pelo Palácio Nacional de Mafra. A chegada dos militares, a partida da família real para o Brasil e a fome que a guerra trouxe às gentes de Mafra foram alguns dos temas da visita “Um palácio ocupado! O Palácio de Mafra e as Invasões Francesas”.