Mafra | Procissões da Quaresma católica 2022

A Vila de Mafra mantém uma tradição que remontará, diz-se, ao século XVIII, a de fazer sair da Basílica quatro procissões durante a Quaresma, enquadradas nos ritos e tradições publicamente ostentadas pela ICAR (Igreja católica Apostólica Romana).

A pandemia levou à suspensão das procissões da Quaresma em 2020 e 2021, mas este ano, estas manifestações públicas da ICAR estão de volta e irão realizar-se nas seguintes datas:

• 13 de março (10h45) – Procissão do Senhor dos Passos
• 27 de março (10h45) – Procissão de Penitência da Ordem Terceira de São Francisco (Terceiros)
• 10 de abril (10h45) – Procissão das Sete Dores de Nossa Senhora (Burrinha)
• 15 de abril (21h00) – Procissão do Enterro do Senhor

De acordo com a Câmara Municipal de Mafra e com a sua atual gestão, o “potencial no âmbito do turismo religioso, que as mesmas representam para a Vila” sendo a sua realização “uma celebração secular e não apenas um fenómeno de fé, mas um conjunto monumental atrativo de povos e visitantes, no testemunho de uma grandiosidade atestada pela beleza e imponência dos andores e suas imagens”, e “considerando que a logística associada comporta compreensivelmente custos, em especial devido à ornamentação dos andores, à conservação dos paramentos e à participação das bandas filarmónicas que, com o seu contributo, acentuam a solenidade das cerimónias e criam o ambiente pretendido” a câmara Municipal apoia financeiramente a organização destas manifestações religiosas.

O apoio concedido à Irmandade do Santíssimo Sacramento, da Paróquia de Santo André de Mafra – entidade encarregue destas manifestações  – tem este ano o valor de 1.200,00 € (mil e duzentos euros) – menos 400 € do que no ano de 2019.

Este ano as procissões ocorrem às 10h45 da manhã – em vez das habituais 15h30 – mudança que não foi do agrado de todos os membros deste culto, de resto, ao Jornal de Mafra chegaram várias “reclamações” a propósito das alterações horárias.

De acordo com a referida “Irmandade”, a alteração do horário prende-se com a falta de “pessoas para fazer sair cada uma das procissões”, situação que terá na sua base, a receio dos fiéis, tendo em conta a situação pandémica e crescente decréscimo do número de pessoas crentes deste rito religioso.

“Infelizmente, o número de pessoas que regressou às missas é ainda muito inferior ao habitual. São necessárias cerca de 120 a 130 pessoas para fazer sair cada uma das procissões.

Deste modo, optou-se por fazer as procissões com um número reduzido de andores e fazê-las anteceder as missas da manhã, para optimizar os recursos humanos de que actualmente dispomos.”, pode ler-se nas redes sociais daquela instituição religiosa.